Governo do Estado destaca que número de participantes surpreendeu e demonstra confiança no projeto elaborado
Previsto para acontecer na próxima quinta-feira (4), o leilão para escolher a empresa investidora para a PPP (Parceria Público Privada) do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) recebeu cinco propostas de interessados na parceria. O recebimento dos envelopes foi encerrado nesta segunda-feira (1º) na sede da B3, em São Paulo.
A empresa escolhida será a que apresentar menor valor de contraprestação pública máxima. São convocadas todas as licitantes com propostas de até 10% do valor da melhor classificada, com um mínimo de três participantes para a fase de lances em viva-voz.
Para a secretária do Escritório de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, o projeto ter recebido cinco propostas é o reconhecimento da seriedade do trabalho e confiabilidade do mercado em Mato Grosso do Sul. “Estamos muito satisfeitos e animados com o recebimento de cinco propostas na PPP do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, algo realmente raro em projetos de concessões no país. Esse resultado mostra a confiança do mercado na seriedade do projeto, na qualidade da estruturação e na potencialidade de Mato Grosso do Sul. Para o leilão, esperamos uma disputa competitiva, que certamente se refletirá em mais benefícios para a população sul-mato-grossense”.
Conheça o projeto
Visando inovar na gestão da unidade de saúde, o edital de concorrência foi aberto em setembro deste ano. A contratação visa passar a gerência de departamentos não assistenciais do hospital para a empresa vencedora, enquanto os serviços como assistência médica, enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, análises clínicas e radiologia continuam sob a administração do hospital, com o atendimento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A empresa vencedora também será a responsável pelas obras e investimentos para a construção de novos blocos e reformas das alas já existentes. A vencedora também deverá adquirir e instalar os equipamentos médicos-hospitalares, mobiliário clínico e instrumental cirúrgico.
A empresa irá administrar a recepção, limpeza e jardinagem, vigilância, portaria e estacionamento, lavanderia e rouparia, manutenção predial e engenharia clínica, Central de Material Esterilizado (CME), nutrição e dietética, esterilização, logística de almoxarifado e farmácia, transporte, necrotério, serviço de arquivo médico, estatística e faturamento, gases medicinais e utilidades, aquisição de insumos e dietas e apoio ao serviço de atendimento domiciliar.
Reformas e ampliações
Com vigência de 30 anos, a empresa deverá investir em obras para ampliar o complexo hospitalar em 71.000 m² de área construída, com a previsão de dois novos blocos, que aumentarão a capacidade de atendimento em 60%, totalizando 577 leitos de internação. Haverá também a ampliação do estacionamento, que oferecerá 911 vagas. Também haverão soluções sustentáveis como energia fotovoltaica, automação, transporte pneumático e robotização da farmácia.
Ao todo, o investimento será de R$ 5,6 bilhões, dos quais R$ 966,8 milhões serão para obras e equipamentos, sendo R$ 748,4 milhões para o investimento inicial e R$ 218,4 milhões em reinvestimentos ao longo do contrato, destinados à renovação tecnológica periódica.
Já os custos anuais com a operação (OPEX) são estimados em R$ 154,4 milhões, recursos que cobrirão todos os serviços não assistenciais pelo período de três décadas.
Por Ana Clara Julião