Todos os anos, entre os meses de maio e setembro, Campo Grande ganha um colorido especial, com a floração dos ipês, que formam grandes buquês de flores rosas, amarelas, brancas e verdes. Reconhecida mundialmente como “Tree City of de World”, “Cidade-Árvore do Mundo”, os ipês, mesmo que por pouco tempo, tendo em vista que a sua florada dura, em média, sete dias, encantam moradores e turistas com esse evento, que é considerado um dos mais belo da natureza.
A árvore, quando florida, passa ser até mesmo um ponto turístico, como é o caso da escola estadual Arlindo de Sampaio Jorge, localizada no bairro Moreninhas 2. No pátio da escola há cinco ipês, mas o que mais chama atenção é o ipê-rosa, que estava em plena florada quando a equipe foi até o local. “Todo mundo para pra fazer uma foto desse ipê. A escola vira um ponto turístico dentro do bairro, nessa época do ano”, definiu a diretora da unidade escolar, Rosana Soares.
Realidade que podemos confirmar enquanto estivemos na escola. Entre as pessoas que deram uma pausa para admirar a beleza do ipê está a moradora do bairro, Maria Joseide. Ela afirma que não pode ver um ipê florido que para pra fazer um registro. “Sempre que vejo um ipê, eu paro e faço uma foto. É uma árvore muito linda, porque quando você acha que ela está morrendo, ela revive e traz esse presente, que são as flores”, enalteceu.
A Capital conta com, aproximadamente, 11 espécies de ipês, são eles: três tipos de ipês-rosas, cinco amarelos, dois brancos e uma espécie de ipê-verde. Mesmo com mais espécies do tipo amarelo, 90% dos ipês de Campo Grande são dos da cor rosa.
Além do colorido especial entre o inverno e primavera, os ipês também atraem periquitos, beija- -flores, cambacicas, sabiás, entre outras espécies, isso porque, segundo o biólogo e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Geraldo Damasceno Junior, as árvores são umas das poucas que atravessam a estação seca florindo.
“A maioria das plantas não floresce na época de seca, inclusive, muitas perdem as flores para economizar água. Diferente dos ipês, que são recursos estratégicos, dando aos polinizadores o néctar das flores”, explicou.
Segundo o biólogo Flávio Macedo Alves, que também é professor da UFMS e um dos responsáveis pelo novo PDAU (Plano Diretor de Arborização Urbana), que está sendo elaborado pelo município, em parceria com a universidade, 10% de todas as árvores da Capital são ipês.
“Os ipês têm um papel fundamental para a cidade, sabemos que as árvores são muito importantes, porque elas melhoram a qualidade de vida, diminuem a poluição, melhoram o clima, diminuem a temperatura e o ipê faz parte desse componente”, assegurou.
Por Rafaela Alves – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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