[Texto: Inez Nazira, Jornal O Estado de MS]
Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas) aponta que a única região urbana de Campo Grande que perdeu moradores foi o Centro, com uma queda de 13%. O Censo Demográfico 2022 mostra que durante o período de 12 anos, entre 2010 e 2022, todas tiveram um aumento e a região do Bandeira foi que apresentou o maior porcentual, sendo 21% de crescimento. Economista revela o principal motivo para esse fator.
A população de Campo Grande no ano de 2022 era de 898.100 habitantes, a maior parte localizada na região do Anhanduizinho com 218.585 moradores (24,3%) e com a maior média, sendo 2,76 moradores por domicílio. O menor, como já revelado, a região do Centro teria uma média de 2,36 moradores por domicílio. Em 2010, 71.037 pessoas moravam na região central, em 2022 era 61.653, ou seja, houve uma queda de 9.420 no número de moradores.
O Centro tem perdido, além dos moradores, os comerciantes. O economista, Lucas Mikael, aponta as principais causas para a diminuição da população na região central de Campo Grande, e consequentemente o aumento em outras áreas, entre elas o alto custo do aluguel. “O aumento dos custos de aluguel no centro de Campo Grande levou os comerciantes e moradores a buscar locais mais acessíveis em bairros periféricos. Além disso, mudanças no perfil de consumo da população, como a preferência por shoppings ou centros comerciais em
áreas residenciais, podem estar influenciando essa migração”, afirma.
Projetos de moradia SUB
Para atrair mais o público para a região, alguns projetos de moradias no Centro estão nos planos da Prefeitura Municipal de Campo Grande. Uma das metas do projeto para a região do Centro, com o “Reviva Campo Grande” era aumentar a habitação, construindo mais de 800 moradias. A coordenadora do programa municipal, Catiana Sabadin, explica que o projeto de habitação faz parte das novas ações.
“Com o centro modernizado, com segurança, rede de fibra óptica, iluminação em led, mobiliário e tantas outras vantagens que a requalificação da rua 14 de Julho trouxe e que a revitalização do microcentro vai trazer, com certeza muita gente vai querer morar no centro, diminuindo o vazio urbano que hoje existe e proporcionando novos usos na região, antes tão
degradada”.
Entre elas, o Condomínio Belas Artes com o terreno no bairro Cabreúva doado pelo poder Executivo avaliado em R$ 20 milhões, que beneficiará 3.200 pessoas. Ao todo, serão 792 apartamentos, desses 498 serão destinados a moradores com renda de até cinco salários-mínimos, correspondentes ao Grupo 2 do Programa MinhaCasa Minha Vida.
Também está em construção a Vila dos Idosos, em frente ao Horto Florestal, localizado na confluência da Rua Anhanduí com a Fernando Corrêa da Costa, onde funcionava a antiga sede da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Obra que também está situada no Centro e tem como objetivo a independência dos idosos, para que consigam se locomover sozinhos.
O Programa Reviva Centro deve cumprir três tendências de intervenção. “E para que isto aconteça, um dos requisitos necessários é ter o uso misto, com moradias e novos usos comerciais, fatores importantes para que possa dar vida a área central durante o dia e a noite”, cita presidente do IAB-MS (Instituto de Arquitetos do Brasil–Departamento de Mato Grosso do Sul), Adriana Tannus.,
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.