Iniciativa privada de MS e Paraná cobram por duplicação da BR-376

BR-376
Foto: Bruno Arce/O Estado Online

Empresários do setor produtivo de Mato Grosso do Sul e do Paraná irão financiar o estudo técnico para que a duplicação da BR-376 seja realizada. A definição aconteceu durante reunião, na tarde de ontem (27), em Brasília, junto à diretoria da Socipar (Sociedade Civil Organizada do Paraná) com o ministro de Infraestrutura, Marcelo Sampaio e a assessoria técnica da pasta.

A duplicação esta prevista para acontecer junto com o pacote de construção da ponte e sobre o Rio Paraná, ligando São Pedrodo Paraná (PR) a Porto São João, em Batayporã (MS).

Segundo o diretor-financeiro da Socipar, Edilson Avelar, será feita a recontagem dos veículos. “Ministro vai reunir com a equipe técnica do EPL, ANTT, para fazer um redimensionamento que seria uma recontagem dos veículos para a viabilidade da duplicação do trecho da BR 376, de Paranavaí até Nova Londrina, com uma projeção da futura ponte ligando os dois estados irmãos do Paraná e do Mato Grosso do Sul”, explica.

Para isso, a Socipar mobilizou 10 grandes empresas da região para realizarem a recontagem de carros pela rodovia, durante sete dias em fevereiro desde ano. A associação apurou um número expressivo de 19.951 eixos e, cerca de, 23.368 veículos que transitam diariamente. O levantamento ainda aponta que os caminhões de seis a nove toneladas são frequentes.

Foto: Bruno Arce

O resultado saiu de100% a 120% a mais sendo apurada pela Perplan Engenharia de Campinas. Diante desses números técnicos de tráfego coletado pelo grupo, a Socipar concluiu que é possível a duplicação da BR-376.

O presidente da Socipar, Demerval Silvestre, saiu otimista da reunião e espera bons resultados das analises impostas pelo ministro. “O que estava apuramos agora vai ser reavaliado, nós questionamos a questão da duplicação, levamos números e nós estamos pleiteando, pois o numero dobrou, a gente contesta o numero de veículos que a aumentou no trecho, procuramos o ministério ele vai reunir a equipe e analisar essa questão, com uma nova contagem”, comemora.

O consultor de Infraestrutura e Logística da Fiep, João Arthur Mohr, enfatiza que o movimento cresceu na região e reforça a importância da duplicação no trecho. “A pista simples com terceiras faixas não resolve, o fluxo de veículos foi acrescentado muito forte por dois fatores, o crescimento grande das cargas agrícolas de MS, temos uma frota de caminhões grande hoje fazendo esse trajeto e também pela mudança do perfil de turismo depois da pandemia, que passou a ser um turismo mais local, mais regional, onde as famílias preferem seus carros para não ter muita aglomeração”, enfatiza.

O titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, concorda com a recontagem, mas não é a favor da suspensão do lote quatro, que diz respeito à duplicação.

“Mato Grosso do Sul está alinhado e entende também a grande necessidade dessa duplicação. E a forma de encaminhamento seria a recontagem, mas na minha avaliação, sem a suspensão dessa questão do lote quatro.”

Ponte 

A Itaipu Binacional vai investir, aproximadamente, R$ 3 milhões na elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental para a construção de uma nova ponte sobre o Rio Paraná. O convênio para o início dos estudos foi assinado no dia 30 de maio, pelos governadores dos dois estados, Carlos Massa Ratinho Jr. e Reinaldo Azambuja.

A obra, que tem investimento total de R$ 350 milhões, faz parte de um projeto que incluirá a duplicação da BR376, rodovia de alto tráfego de caminhões que transportam a safra sul-mato-grossense, cruzando o Estado do Paraná, até o porto de Paranaguá. Com isso, a BR também ficará consolidada como rodovia do agronegócio brasileiro.

Cerca de 1.500 caminhões trafegam na região. Com a construção da ponte, poderia se encurtar as viagens em mais de 100 km. Na fase de licitação, a obra espera a decisão de qual empresa será a responsável pelo estudo.

Segundo Demerval, demora de 20 a 26 meses, que é o prazo que a empresa pede para entregar o projeto, em seguida vem o projeto físico que é a construção da ponte que demanda um período maior, em torno de 30 a 36 meses.

“A ponte está em processo já inicial e vai viabilizar dentro de cinco anos todo esse processo de estudo, agora, esperamos que MS faça a parte dele que é a construção do trecho entre Taquarussu até o Porto São João”, finaliza. Acesse também: Força Nacional deve ocupar cidades de MS após conflitos entre policiais e indígenas

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[Texto: Bruno Arce com Taynara Menezes, Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul]

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