Inflação de Campo Grande vai a 0,89% em abril, influenciada pela energia elétrica

Foto: Marcos Maluf/OEstadoMS
Foto: Marcos Maluf/OEstadoMS

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de abril em Campo Grande foi de 0,89%, 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de março (0,68%). No ano, o índice de Campo Grande acumula alta de 2,75% e nos últimos 12 meses, 3,21%, abaixo dos 3,54% nos 12 meses anteriores.

Em abril de 2022, a inflação de Campo Grande foi de 1,21%. No Brasil, o IPCA foi de 0,61% em abril. No ano, acumula alta de 2,72% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%, abaixo dos 4,65% nos 12 meses anteriores. Em abril de 2022, a variação nacional havia sido de 1,06%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, oito tiveram alta em abril. A maior variação (1,97%) e o maior impacto (0,30 p.p.) vieram de Habitação. Na sequência, vieram Alimentação e bebidas (1,20%) e Saúde e Cuidados pessoais (1,48%), contribuindo com 0,26 p.p. e 0,18 p.p, respectivamente.

O único grupo que registrou queda foi Artigos de residência (-0,06%). Os demais grupos ficaram entre o 0,16% de Comunicação e o 0,73% de Despesas pessoais.

Alta na energia elétrica faz grupo habitação voltar a subir

Em Campo Grande, o grupo Habitação avançou 1,97%, depois da queda do mês de março (-0,17%). A maior alta, para o mês de abril veio do subitem energia elétrica residencial (6,11%) devido ao reajuste de 9,80%. As outras altas vieram dos subitens mudança (4,24%), tinta (1,68%) e gás de botijão (0,41%).

Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: cimento (-2,54%), saco de lixo (-1,93%) e água sanitária (-0,99%).

Tomate e batata-inglesa influenciaram a alta no grupo alimentação e bebidas

A aceleração observada no grupo Alimentação e bebidas (de -0,05% para 1,20%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de -0,13% em março para 1,44% em abril. Houve alta nos preços do tomate (19,55%), da batata-inglesa (19,16%), do feijão-carioca (11,79%), do queijo (6,17%) e do leite longa vida (6,02%).

No lado das quedas, os destaques foram a maça (-10,63%, cebola (-7,04%), o frango inteiro (-4,37%) e o óleo de soja (-3,64%).

A alimentação fora do domicílio variou 0,48%, acima do registrado no mês anterior (0,19%). Enquanto o lanche desacelerou de 0,03% para -0,24%, a refeição (0,96%) ficou com resultado acima do registrado em março (0,22%).

Produtos farmacêuticos contribuem para alta no grupo Saúde e cuidados pessoais

No grupo Saúde e cuidados pessoais (1,48%), em Campo Grande, as maiores contribuições do mês vieram dos seguintes subitens: psicotrópico e anorexígeno (6,03%), hormonal (5,52%) e dermatológico (5,19%). As principais quedas ficaram com os subitens perfume (-1,58%), óculos de grau (-1,48%) e artigos de maquiagem (-0,78%).

“O resultado nesse grupo foi influenciado pela alta nos produtos farmacêuticos, justificada pela autorização do reajuste de até 5,60% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida. Destacando que os produtos farmacêuticos, isoladamente, tiveram contribuição de 0,11 p.p. e a variação de 3,81% para Campo Grande.

Alta no grupo Transportes é menor devido a queda na gasolina

Em Campo Grande, houve aumento no grupo Transportes (0,17%), com impacto de 0,04 p.p. O grupo acumula 3,63% no ano. Entre os aumentos, o maior impacto veio do conserto de automóvel, que subiu 2,75% e impactou o índice em 0,06p.p.

Já o maior aumento veio das passagens aéreas (22,84%), que acumulam 33,68% no período de 12 meses. Entre as quedas, automóvel novo (-2,64%) teve o maior impacto negativo (-0,08 p.p.). O seguiu a gasolina (-0,99%) e impacto de -0,07p.p.

Calçados e acessórios puxam alta do grupo Vestuário

O grupo Vestuário registrou alta de 0,29% no mês de abril. Contribuiu para o resultado do mês, o aumento no item calçados e acessórios (1,32%), que teve o maior impacto (0,02 p.p.) no grupo. O valor positivo foi impulsionado pelo aumento dos subitens joia (1,74% ) e sandália/chinelo (2,72%).

Entre as quedas, destacam-se as variações dos itens roupa feminina (-0,54%) e roupa infantil (-0,24%). O grupo Artigos de residência teve variação mensal de -0,06% em abril, com acúmulo de 0,76% no ano e 1,08% em 12 meses.

As maiores quedas foram encontradas em subitens como roupa de cama (-3,05%) e utensílios de vidro e louça (-2,34%). “As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado”, acrescenta o analista da pesquisa.

Na contramão, os subitens com maior variação positiva foram móvel para copa e cozinha (2,17%) e móvel para sala (2,11%).

Em Campo Grande, o grupo Educação teve variação de 0,22% em abril, após apresentar resultado negativo em março (-0,05). A retomada foi influenciada pelo aumento dos seguintes subitens: artigos de papelaria (3,65%), papelaria (1,90%) e atividades físicas (1,09%).

Na capital sul-mato-grossense, após desaceleração em março (0,57%), o grupo Despesas Pessoais voltou a subir em abril (0,73%). A variação mensal foi influenciada pelo aumento nos preços dos subitens depilação (3,17%), sobrancelha (3,04%) e pacote turístico (2,68%).

No lado das quedas, os destaques foram serviço de higiene para animais (-2,36%) e brinquedo (-0,71%).

O grupo Comunicação apresentou variação de 0,16%. Esse número é fruto direto dos resultados obtidos pelos subitens plano de telefonia fixa (9,65%) e aparelho telefônico (-0,42%). Acesse também: IFMS está com mais de 700 vagas para cursos de graduação e idiomas

Acesse as redes sociais do O Estado Online no FacebookInstagram

Expoagro em Dourados, stand-up de Léo Lins e show de Dire Straits, na Capital

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *