HRMS registra a menor taxa de ocupação de leitos em 30 dias

Com menos internados nas UTIs, dados apontam uma estabilização

O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência no tratamento de casos graves de COVID-19, registrou na quarta-feira (19) o menor índice de internações provocadas pela doença em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em 30 dias. Dos 111 leitos de terapia intensiva disponíveis na unidade hospitalar, 27 encontravam-se vagos – ou seja, 75,7%.

A ocupação mais baixa pode indicar uma estabilização da doença na Capital. O cenário de aparente estabilidade e leitos disponíveis é bem diferente do registrado no começo do mês. Entre os dias 1 e 4 de agosto, o hospital estava com 100% de ocupação dos leitos destinados a pacientes críticos. A situação só melhorou com a ampliação de mais quatro leitos de UTI no dia 5 de agosto.

Balanço realizado pelo Jornal O Estado aponta que, entre 19 de julho e 19 de agosto, o HRMS ampliou seis vezes a sua oferta de leitos de terapia intensiva. Em 19 de julho, o hospital contava com 87 leitos de UTI, e no dia 30 de julho, quatro leitos foram acrescentados, passando para 91 leitos. Em um período de 72 horas, do dia 4 ao dia 6 de agosto, a instituição habilitou mais 10 leitos. Houve a adição de seis leitos no dia 8 de agosto, e, a partir do dia 15, a entidade passou a operar com 111 leitos de UTI. O incremento de novos leitos registrados em um mês foi de 27%.

De acordo com a diretora-presidente do HRMS, Rosana Leite de Melo, os índices de internação registrados nesta semana podem significar uma certa estabilidade na situação de contágio na Capital. “Nós estamos conseguindo transferir os pacientes também com os acordos da prefeitura com os hospitais privados, e percebemos que, nos últimos seis dias, houve uma estabilização [das taxas de internação]. Não digo que diminuiu, mas parou um pouco de chegar novos pacientes em comparação com a semana anterior”, pontuou.

Há a previsão, ainda, que o hospital receba mais sete leitos de UTI nos próximos dias, chegando ao máximo da capacidade. A diretora explica que, apesar da instituição já contar com os equipamentos, faltam recursos humanos. “Apesar da prefeitura ter enviado os funcionários, ainda não aconteceu o chamamento de mais 40 enfermeiros do nosso processo seletivo já vigente. Estamos estudando contratar mais técnicos de enfermagem que estão faltando.”, frisou.

Sesau vê estabilidade nos casos

Conforme o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), José Mauro Filho, a estabilização nas internações em leitos de UTI no município coincide com as semanas epidemiológicas 31 e 32, que, se comparadas com a tendência nacional, são determinantes para a regressão da doença.

“Há uma semana, nós estamos observando uma certa estabilidade em procura de pacientes sintomáticos. O perfil desse paciente está reduzindo nas UPAs, no Polo [Ayrton Senna] e está diminuindo a internação nos hospitais. Na semana [epidemiológica] 31, e semana 32, os índices de mortes e novos casos caíram. No Brasil inteiro, (a doença) acompanhou essa mesma curva”, reiterou.

Taxa de internação para a Capital

Com 10 pacientes internados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ontem (20), a Santa Casa de Campo Grande, instituição de retaguarda do HRMS, chegou à 100% de ocupação em leitos destinados ao tratamento para COVID-19. O Humap/UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) também registrou 100% de internação em seus 10 leitos de UTI destinados a pacientes críticos com coronavírus.

O Hospital El Kadri registrou 90% de taxa de ocupação, apenas um leito de UTI estava vago na instituição ontem, mesma situação do Hospital Proncor, que computou 95% de taxa de ocupação, com um leito desocupado. No Hospital da Unimed, de 30 leitos habilitados, cerca de 20 estavam com pacientes internados em decorrência do vírus.

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(Texto: Mariana Moreira)

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