Foi preso na manhã de segunda-feira (11) um homem que comercializava e compartilhava material de abuso sexual infanto-juvenil na dark web, conhecida como a camada profunda da internet e de difícil acesso de autoridades.
A prisão faz parte de mais uma fase da Operação Sentinela, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em conjunto com a Delegacia de Polícia Civil de Paranavaí, no Paraná. As investigações duraram 6 meses, quando o homem ainda morava em Campo Grande.
O homem foi preso em flagrante e durante busca foi apreendido o celular com materiais de abuso. Foi constatado que o suspeito comercializava vídeos de pornografia em forma de ‘packs’ (pacotes de fotos e ou vídeos que contém pornografia infantil), pelo preço de até R$ 100,00. Toda a transação era realizada em sítios da Dark Web e negociada via PIX.
As diligências são desdobramentos da Operação Sentinela, desenvolvida permanentemente pela DEPCA, a partir de denúncias recebidas em parceria com a National Center for Missing & Exploited Children – NCMEC (EUA) e Polícia Federal.
Dark Web
A dark web se refere a conteúdo que não é indexado por mecanismos de pesquisa e que requer software especial ou autorização de acesso. Esse conteúdo está hospedado na darknet, uma parte da Internet acessível apenas a navegadores específicos ou por meio de configurações de rede específicas.
Serviço:
De acordo com o o art.218, §2°, I do Código Penal, é considerado crime todo ato praticado pela pessoa que usa uma criança ou um adolescente para satisfazer seu desejo sexual, ou seja, é qualquer jogo ou relação sexual, ou mesmo ação de natureza erótica, destinada a buscar o prazer sexual com uma criança ou adolescente. Também pode ser qualquer forma de exploração sexual de criança e adolescente, como incentivo à prostituição, à escravidão sexual, ao turismo sexual e à pornografia infantil.
Para denunciar qualquer caso de violência sexual infantil, é necessário procurar o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligar para o Disque 100.
Disque 180
O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.
Disque 100
Para casos de violações de direitos humanos, o disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.
O canal envia o assunto aos órgãos competentes no município de origem da criança ou do adolescente.
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