HCAA acelera obras para a entrega de três novos andares até agosto

Foto: Nilson Figueiredo/O Estado MS
Foto: Nilson Figueiredo/O Estado MS

Após três meses, aparelhos de tomografia e braquiterapia retomam a realização de exames

Por Kamila Alcântara

Em obra iniciada há mais de dez anos e com investimento superior a R$ 22 milhões, três dos sete andares do novo prédio do HCAA (Hospital de Câncer Alfredo Abrão), de Campo Grande, devem ser ativados até agosto. O subsolo, onde estão equipamentos de exames mais complexos, e primeiro andar de recepção já estão funcionando, e agora serão entregues o andar voltado para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), outro com mais sete salas de cirurgias (totalizando dez no hospital) e um andar para internação.

Quem adentra a unidade consegue observar que toda a parte externa já está pronta, mas é possível perceber a movimentação e os sons de obras. O jornal O Estado visitou o segundo andar, que já está passando pela fase de instalação elétrica, e o terceiro, onde já é possível visualizar a estrutura dos quartos que receberão os leitos de internação.

Segundo o diretor-presidente do HCAA, Amilcar Silva Júnior, pelo tamanho do hospital e pela quantidade de atendimentos que serão oferecidos, para todo Mato Grosso do Sul, além de dependerem de repasses públicos, a conclusão da obra ficará um pouco lenta, só que não ao ponto de paralisar.

“São sete andares ao todo e podemos dizer que está 90% pronto. Agora chegamos à fase de fiação e acabamento, que é um pouco mais complexo e demorado. Será o maior complexo hospitalar do Governo do Estado, pois teremos 202 leitos e, por ser maior, acaba demorando um pouco mais. Até em agosto creio que, pelo menos, esses três andares estarão funcionando”, destaca Amilcar.

Após a entrega desses setores em agosto, o próximo passo será a conclusão dos outros dois andares de internação (quarto e quinto) e os dois últimos, que serão apenas para atendimentos pediátricos, inclusive com o sétimo sendo a UTI para crianças. Todos os equipamentos instalados são de última geração, como o ar-condicionado de tecnologia HEPA (High Efficiency Particulate Air), que faz dupla filtragem do ar, e controle de situação dos pacientes por meio de smart watchs disponibilizados aos enfermeiros.

Foto: Nilson Figueiredo

Já que será o maior complexo hospitalar, com dez salas de cirurgias, existe a possibilidade de o local também atender outros procedimentos, não apenas os oncológicos. “Inicialmente o atendimento será voltado para a oncologia, mas, após a ativação, vamos estender para os procedimentos eletivos”, concluiu Amilcar.

O secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, diz que esses atendimentos eletivos estão sendo os principais pontos de discussão entre o município e a diretoria do HCAA.

“O Hospital vai ganhar uma condição sem precedentes para funcionar. Nosso grande ponto de discussão é que tenham outras linhas de atendimento, para melhor reestruturação de todos os hospitais do município. Desafogar a fila de espera na Santa Casa e HU [Hospital Universitário] por exemplo”, pontua o secretário.

Retorno da braquiterapia e tomografia

A parceria entre governo estadual e municipal possibilitou o repasse de R$ 700 mil ao HCAA, para o conserto dos aparelhos de tomografia e braquiterapia, que ficaram cerca de 90 dias parados após avaria, sendo que o local realiza 900 exames ao mês.

“O tomógrafo faz o cálculo para aplicação da radioterapia, que precisa ser muito bem calculada para atingir somente o tumor e não prejudicar outros órgãos. As peças são importadas dos Estados Unidos, tem o processo alfandegário e ainda os técnicos vêm fazer a instalação. O valor investido foi de R$ 700 mil, pois aproveitamos para atualizar a braquioterapia, que é a única do MS. A braquioterapia faz uma espécie de ‘proteção’ envolta do tumor e o tratamento fique mais focado ainda naquele local”, explica o diretor-presidente Amilcar.

Para o atendimento dos pacientes de Campo Grande, esses dois aparelhos funcionando são essenciais no retorno dos tratamentos que estavam parados. “Serão 280 exames a mais ao mês e possibilitará a busca ativa de alguns pacientes oncológicos, para atender a meta qualitativa. É a forma que o município encontrou para contribuir no conserto desse equipamento, juntamente com o Estado”, enfatizou o secretário José Mauro.

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