Fornecimento de energia elétrica da Santa Casa de Campo Grande é interrompido para manutenção

Bebê segue internado na Santa Casa de Campo Grande 
Foto: reprodução Santa Casa
Bebê segue internado na Santa Casa de Campo Grande Foto: reprodução Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande, o maior hospital de Mato Grosso do Sul, enfrentou mais um episódio de apagão neste sábado (2), resultando no quarto blecaute somente neste ano. Desde as 7h30, a instituição de saúde ficou às escuras, ressaltando a gravidade do problema crônico na rede elétrica do hospital, que vem se repetindo ao longo dos últimos meses.

O histórico de apagões tornou-se tão preocupante que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou uma ação civil pública para investigar e abordar a situação. Em janeiro, o prédio já havia registrado três desligamentos consecutivos, deixando evidente a fragilidade da infraestrutura elétrica da Santa Casa.

No final do ano passado, a instituição apresentou ao judiciário três planilhas detalhando intervenções urgentes, totalizando R$ 7,3 milhões em custos. Dentre as necessidades destacadas, uma planilha específica aponta a urgência de investir R$ 3,7 milhões em melhorias nas instalações elétricas do hospital. Este montante inclui a aquisição de dois geradores, avaliados em R$ 618 mil cada, além de serviços como tubulação subterrânea, passagem de cabos e compra de materiais essenciais. O documento data de novembro de 2020.

Outro ponto crítico destacado na documentação é a necessidade de investir R$ 1,3 milhão na proteção contra descargas atmosféricas. O orçamento prevê a alocação de R$ 742 mil em materiais e detalha as intervenções específicas em áreas cruciais do hospital, como o centro cirúrgico, Prontomed e hemodiálise. Embora a Santa Casa tenha geradores para garantir o atendimento aos pacientes mais graves durante os apagões, a frequência dos eventos aumenta a preocupação quanto à segurança e continuidade dos serviços hospitalares.

De acordo com a assessoria de comunicação da instituição, disse que houve um desligamento programado, que foi avisado os usuários do hospital, inclusive informando a necessidade da suspenção de das visitas. A assessoria da concessionária Energisa disse que  se trata de desligamento programado solicitado pela própria Santa Casa e com previsão de que o serviço fosse finalizado até às 13h30, podendo ser postergado.

A instituição não registrou problemas relacionados a incêndios recentemente, mas a instabilidade na oferta de energia elétrica representa uma ameaça constante à prestação de cuidados médicos.

Foto: Reprodução/Santa Casa

 

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