Fenômeno El Niño deve continuar até junho de 2024; próximos 3 meses serão piores

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O fenômeno meteorológico El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, na região da Linha do Equador, e responsável pelas instabilidades climáticas sentidas nos últimos tempos no país, deve perdurar até o primeiro trimestre de 2024, sendo os próximos três meses os piores.

Os dados são do boletim mensal do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgados nesta quarta-feira (22). Há previsão de que o fenômeno provoque condições mais úmidas do que o normal no centro-sul de Mato Grosso do Sul até os primeiros 15 dias de dezembro.

Além disso, o boletim também mostra que a irregularidade das chuvas no Estado manterá o armazenamento hídrico em níveis mais baixos.

Próximos meses

O boletim do Inmet indica que entre os meses de dezembro de 2023 e fevereiro de 2024 haverá uma intensificação do El Niño, que deve permanecer durante o primeiro semestre de 2024. O país teve, até o momento, oito ondas de calor, sendo duas registradas no mês de outubro.

A última onda de calor registrada, de oito a 19 de novembro, foi semelhante a do mês de setembro, porém, mais abrangente e persistente, com dias seguidos com temperaturas acima da média. Corumbá foi uma das cidades mais quentes do país no período, e registrou 43,3°C no dia 14 de novembro.

Chuva

Entretanto, as chuvas parecem mais reservadas para o mês de dezembro em Mato Grosso do Sul. Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) o acumulado de chuvas para os primeiros 15 dias de novembro foi abaixo da média histórica.

 

El Niño

O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, podendo se estender desde a costa da América do Sul até o meio do Pacífico Equatorial.

Durante o fenômeno, que, normalmente, começa a se formar no segundo semestre do ano, as águas ficam, pelo menos, 0,5°C acima da média por um longo período de tempo de, no mínimo, seis meses. Vale lembrar que ele não tem um período de duração definido, podendo persistir até dois anos ou mais.

No Brasil, o fenômeno aumenta o risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do País. Isso ocorre porque a água da superfície do Pacífico, que está muito mais quente do que o normal, evapora com mais facilidade. Ou seja, o ar quente sobe para a atmosfera mais alta, levando umidade e formando uma grande quantidade de nuvens carregadas.

Com informações do Inmet e Cemtec.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *