Estado registra aumento de casos de Covid-19 e dengue

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Foto: Arquivo/Agência Brasil

Por Suelen Morales – Jornal O Estado

Mato Grosso do Sul está registrando um aumento nos casos de COVID-19 e dengue. Na última semana, foram registrados 3.516 novos casos do novo coronavírus e desde o começo do ano 7.121 casos de dengue. Quanto aos óbitos 808 pessoas morreram devido a COVID e seis em decorrência da dengue.

De acordo com a SES/MS (Secretaria Estadual de Saúde), apesar do aumento do número de casos confirmados de COVID-19, as internações e óbitos ainda se mantêm baixos no Estado. Dos seis óbitos, um ocorreu nessa última semana, cinco entre maio e junho de 2022. As vítimas tinham idades entre 72 a 93 anos.

A gerente técnica de influenza e doenças respiratórias da SES, Livia de Mello Almeida Maziero, afirma que apesar do alerta, os novos casos de COVID tem apresentando sintomas leves, em sua maioria. “A secretaria tem monitorado o aumento de casos graves, leves e de óbitos em todos os 79 municípios. Nossa preocupação é o monitoramento nesses meses mais frios do ano em que há aumento de doença respiratórias. Mas, ainda é cedo pra afirmar que é uma quarta onda de COVID no Estado. Também é importante ressaltar que apesar do crescente número de caos, os óbitos e internações não tem acompanhado esse mesmo crescimento, essa curva”, afirmou.

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a alta de novos casos conhecidos da COVID-19 é reflexo da atual estação outono-inverno. “Houve um aumento de casos, primeiro porque a gente vive a época do outono-inverno, é uma sazonalidade, não só aumentam os casos de COVID, mas também pode aumentar das outras viroses respiratórias, influenza, adenovírus, e nisso de alguma maneira causou pressão sobre o sistema de saúde”, observou em entrevista ontem (7), a CNN Brasil.

Dos 3.516 casos novos de Covid na última semana, 1.582 são de Campo Grande, 222 de Dourados, 106 de Naviraí, 105 de Chapadão do Sul, 91 de Coxim e 91 de Três Lagoas.

Atualmente 4.307 casos estão ativos no Estado, sendo que 37 pessoas estão hospitalizadas. 27 estão em leitos clínicos e dez em leitos de UTI. A taxa de ocupação de leitos UTI/SUS adulto por macrorregião de internação é de 68% em Campo Grande, 48% em Dourados, 53% em Corumbá e 24% em Três Lagoas.

Quanto a dengue, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou ontem (7), que a Capital zerou o número de áreas com alto risco para infestação do Aedes. No entanto, de 1º de janeiro a 31 de maio foram 7.121 casos de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Somente em abril, foram 2.839 casos, quase o triplo se comparado ao mês período do ano passado, onde foram registrados 828 notificações.

Conforme o Liraa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) feito pela CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) houve uma redução na quantidade de áreas em situação de risco em comparação com o último levantamento de março, saindo de oito para nenhuma com índice de infestação superior a 1%. O resultado positivo é em decorrência da Operação Mosquito Zero.

Atualmente, 18 áreas estão em alerta e 53 com índices considerados satisfatórios (abaixo ou igual a 1% de infestação). Em março, o levantamento apontava que as áreas das USFs (Unidade de Saúde da Família) e UBSs (Unidade Básica da Saúde) Vida Nova, São Francisco, Aero Rancho, Vila Nasser, José Abrão, Cruzeiro/Autonomista, Azaléia e Aero Rancho IV apareciam em risco, outras 30 em alerta e 34 em situação satisfatória.

Para o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, a redução significativa é reflexo das ações intensificadas desde o final do mês de abril.

“É devido a uma sequência de ações que vem sendo implementadas desde 2019, onde tivemos a última epidemia de dengue com 40 mil casos. Destacamos a Operação Mosquito Zero, criamos depoistos de materiais, fizemos coletas, atuação multisetorial entre as secretarias, troca de inseticida, projeto Wolbachia pelo segundo ano consecutivo, que trouxeram esses resultados”, elencou.

No entanto, isso a Sesau alerta para que a população mantenha os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito. Já que 80% dos focos ainda são encontrados dentro das residências.

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