“Está difícil”, diz gerente do Consórcio Guaicurus sobre indefinição do valor do transporte público da Capital

Guaicurus
Foto: Valentin Manieri

O reajuste da tarifa do transporte coletivo de Campo Grande para o ano de 2023 continua indefinido. Na manhã de ontem (2), o assunto ganhou destaque nas discussões da Câmara Municipal, mas a resolução deste problema parece estar longe de ter fim. Por um lado, o Consórcio alega “dificuldade financeira” e por outro o município diz “aguardar o subsídio” do governo estadual, para bater o martelo no valor da tarifa. 

No dia 19 de janeiro, um acordo entre o Consórcio Guaicurus e Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) definiu o valor da tarifa técnica em R$ 5,80. Já o valor repassado ao usuário, que deve ser de R $4,65, ficou de ser definido na semana passada, mas até o momento nada. 

Conforme o gerente-executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, a situação é delicada. “Nós não vamos dar parecer nenhum. O município não decretou nada ainda. Está difícil”, disse em poucas palavras. 

Em nota, a prefeitura afirmou que a nova tarifa ainda está sendo elaborada pela equipe técnica. Na Câmara, durante a sessão dessa quinta-feira (2), a prefeita Adriane Lopes justificou que a administração municipal aguarda subsídio dos governos federal e estadual, que estão em finalização. 

O Governo de Mato Grosso do Sul já garantiu que vai custear a gratuidade dos estudantes da REE (Rede Estadual de Ensino) no dia 18 de janeiro. Mas que equipes técnicas da prefeitura e do governo vão atualizar os números de usuários com o benefício, entre outros detalhes, para definir os termos do próximo convênio. 

No ano passado o convênio foi firmado em 29 de junho, com duração até 31 de dezembro, no valor de R $ 7,2 milhões. Eram 13.211 alunos da rede estadual que tinham o benefício. Cabe destacar que o convênio só foi possível após a Câmara Municipal de Campo Grande aprovar em regime de urgência, no dia 28 de junho de 2022, o projeto que altera a Lei nº 3.026/1993, que criou o passe do estudante, para incluir o Governo de Mato Grosso do Sul e a União como subsidiadores do benefício aos seus respectivos alunos. 

Já em relação ao município, desde o fim do ano passado a prefeitura decidiu manter o subsídio que é pago ao Consócio Guaicurus, de R$ 12 milhões ao ano, para 2023, valor este que é referente ao passe gratuito dos estudantes da Reme (Rede Municipal de Ensino) e das pessoas com deficiência.

Por Suelen Morales  – Jornal O Estado do MS

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