Pesquisa mostra que 80% da população já usou o sistema de transferências
Em Mato Grosso do Sul, uma só pessoa fez, em média, 19 transações via Pix por mês, entre novembro de 2020 a dezembro de 2022. A informação faz parte do Relatório de Gestão do Pix, divulgado pelo BC (Banco Central).
O Estado que lidera em quantidade de Pix por usuário é o Amazonas, com 26 transações, depois está Amapá, com 24.
Ainda de acordo com o relatório, em Mato Grosso do Sul, 80% da população adulta já enviou ou recebeu por meio das praticidades fornecidas pela ferramenta. O Pix tem amplo alcance na população brasileira, sendo bastante utilizado em todas as regiões do país. Até dezembro de 2022, 133 milhões de pessoas físicas já tinham feito ou recebido pelo menos um Pix, o que equivale a 77% da população adulta.
Lançado no Brasil em 16 de novembro de 2020, pelo Banco Central, o maior Pix já feito foi de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. O Pix foi criado com o objetivo de diminuir o uso de dinheiro em espécie e promover maior digitalização dos meios de pagamento.
O sucesso da aprovação do Pix é comprovado pelos números, que apontam um aumento de 107% em um ano. Atingindo a marca de registros de 2,9 bilhões de transações Pix em dezembro do ano passado, contra 1,4 bilhão, em dezembro de 2021.
Crédito e débito
Já no primeiro trimestre de 2022, com 4,3 bilhões de transações, o Pix tornou-se o instrumento de pagamento eletrônico mais utilizado, superando inclusive os cartões de crédito e de débito. No quarto semestre de 2022 atingiu a marca de 33%, contra 18% para cartão de crédito e 17% para débito.
Desde sua criação, outros objetivos era fomentar a competição e promover a eficiência do mercado de pagamentos de varejo, incentivar a inovação e viabilizar novos modelos de negócio, não apenas na indústria financeira e de pagamentos, mas também nas demais atividades da economia real, democratizar o acesso a meios eletrônicos de pagamento e contribuir para a inclusão financeira e digital, reduzir o custo das transações eletrônicas e oferecer uma experiência nova, no uso de meios eletrônicos, simples e segura.
Avanço
Conforme explica o economista Márcio Coutinho, o Pix faz parte dos avanços tecnológicos, trazendo facilidades tanto para quem vende quanto para quem compra. “
É uma nova maneira de se fazer transação e está substituindo o papel-moeda, até porque nós estamos numa outra era digital. Vejo que o Pix facilitou a vida de muita gente, principalmente para o comerciante, já que ficou mais fácil receber pelo Pix”, continua.
O economista detalha ainda algumas dessas praticidades para a economia. “Entendo que são transações seguras de quem está pagando e a quem está recebendo. Existe a possibilidade de fazer isso em qualquer horário. E isso é, quer queira quer não, uma comodidade e tanto para o consumidor e para o vendedor do produto ou serviço”.
“Por outro lado, eu vejo também que é uma maneira do governo, por meio do Banco Central, saber agora para onde que o dinheiro está indo, de onde vem e para onde vai. Fica muito mais fácil, se no futuro o BC e a Receita quiserem cruzar informações, para saber se está existindo algum tipo de sonegação, algo nesse sentido”, completou Coutinho.
Programações para 2023
Preocupado com o futuro da ferramenta, o relatório traz algumas funcionalidades previstas para serem desenvolvidos em 2023. O Pix permitirá a realização de pagamentos recorrentes de forma automática, mediante autorização prévia do usuário pagador, sem a necessidade de que o usuário autentique a transação a cada mês. Essa funcionalidade, chamada de Pix Automático, trará maior facilidade para a realização de pagamentos recorrentes.
Do ponto de vista da infraestrutura tecnológica do Pix, encontra-se em desenvolvimento um canal específico para o processamento de pagamentos não prioritários, o canal secundário de transmissão de mensagens, que entrará em operação em outubro de 2023.
Outras melhorias previstas em relação às informações de segurança relacionadas às chaves Pix, que são armazenadas no BC e compartilhadas com todos os participantes. Serão criados novos campos, de forma a possibilitar que as instituições melhorem os registros relacionados a transações fraudulentas.
Por Suzi Jarde – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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