O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (6), as Estatísticas da Produção Pecuária, que traz informações sobre abate de bovino, suínos e frangos e produção de couro, leite e ovos. Em Mato Grosso do Sul, o destaque do levantamento foi o crescimento de 13,5 % no abate de bovinos, no 1º trimestre de 2024.
Em Mato Grosso do Sul, no 1º trimestre de 2024, foram abatidas 923.723 cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa marca representa um crescimento de 5,73% na comparação com o 4ª trimestre de 2023. Com relação no mesmo período do ano anterior, houve aumento de 13,56%.
Janeiro foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 314.468 cabeças, variação positiva de 5,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O abate de fêmeas caiu 3,9% em relação ao 1º período de 2023. Na mesma comparação, o abate de machos subiu 17,4%.
No Brasil, o abate foi de 9,30 milhões de cabeças de bovinos no 1º trimestre de 2024, representando um recorde, considerando toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1997, e foi impulsionado por aumentos em 23 das 27 Unidades da Federação (UFs) quando comparados ao 1º tri de 2023.
Entre aquelas com participação nacional a partir de 1,0%, os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+420,07 mil cabeças), Goiás (+263,41 mil cabeças), São Paulo (+219,41 mil cabeças), Minas Gerais (+206,49 mil cabeças), Pará (+180,04 mil cabeças), Rondônia (+155,75 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+110,36 mil cabeças), Bahia (+58,08 mil cabeças) e Paraná (+46,73 mil cabeças). Em contrapartida, a variação negativa mais expressiva ocorreu no Rio Grande do Sul (- 34,41 mil cabeças).
Mato Grosso do Sul tem o 4º maior abate de bovinos do país, com 9,9% da participação nacional. Mato Grosso continua liderando, com 18,3% da participação nacional, seguido por Goiás (10,8%) e São Paulo (10,0%).
MS tem alta de 5,0% no abate de suínos comparado ao trimestre anterior
No Mato Grosso do Sul, foi registrada recuperação em relação ao trimestre anterior, com 652.664 cabeças abatidas no 1º trimestre de 2024. Porém, se comparado ao 1º trimestre de 2023, houve queda de 6,1%.
No Brasil, o abate de 229,81 mil cabeças de suínos a menos no 1º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por quedas em 15 das 24 Unidades da Federação participantes da pesquisa.
Entre os estados com participação de ao menos 1,0%, ocorreram quedas em: Minas Gerais (-179,32 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-85,35 mil cabeças), Santa Catarina (-83,07 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-42,80 mil cabeças), Mato Grosso (-40,48 mil cabeças) e Goiás (-9,04 mil cabeças).
Em contrapartida, os aumentos mais expressivos ocorreram em: Paraná (+197,93 mil cabeças) e São Paulo (+14,57 mil cabeças). No ranking entre as UFs, Mato Grosso do Sul figura a 7ª posição ficando nas primeiras posições SC, com 4,1 milhões de suínos abatidos, e o PR, com 3,1 milhões.
Aquisição de couro tem aumento de 5,2% frente ao trimestre anterior
Em MS, no 1º trimestre de 2024, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro receberam 1,16 milhão de peças de couro. Isso representa um aumento de 5,2% em relação ao 4º trimestre de 2023.
O comparativo entre os 1º trimestres de 2023 e 2024 indica uma variação positiva de 169,8 mil peças no total adquirido pelos estabelecimentos, um aumento de 17,1%.
No país, foram verificados aumentos em 13 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações positivas mais expressivas, em estados com mais de 5,0% de participação na aquisição nacional ocorreram em Goiás (+461,49 mil peças), Mato Grosso (+319,34 mil peças), São Paulo (+221,90 mil peças), Mato Grosso do Sul (+169,79 mil peças), Pará (+141,93 mil peças), Rondônia (+129,00 mil peças) e Rio Grande do Sul (+41,49 mil peças).
Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 17,2% da participação nacional, seguido por Goiás (15,5%) e Mato Grosso do Sul (12,5%).
Aquisição de leite no estado sofre queda em relação ao trimestre imediatamente anterior
No 1º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru em MS foi de 33,6 milhões de litros, equivalente a uma queda de 1,7% em relação ao 1° trimestre de 2023, e decréscimo de 7,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
O acréscimo de 198,90 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 21 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+116,11 milhões de litros), Paraná (+27,33 milhões de litros), Goiás (+24,29 milhões de litros), Rondônia (+18,81 milhões de litros), Rio de Janeiro (+5,73 milhões de litros) e Sergipe (+5,63 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (-41,78 milhões de litros), São Paulo (-37,05 milhões de litros) e Pernambuco (-5,96 milhões de litros).
Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 25,3% da captação nacional, seguida por Paraná (14,5%), Santa Catarina (12,6%) e Rio Grande do Sul (11,6%). Mato Grosso do Sul figura a 17ª posição no ranking.
Número de frangos abatidos sobe 8,1% se comparado ao final de 2023
O número de frangos abatidos no estado foi de 45,47 milhões de cabeças. O número é 8,1% maior que o registrado no último trimestre de 2023 (42,04 mi de cabeças) e fica logo à frente (0,1%) do valor obtido no 1º tri de 2023 (45,39 mi de cabeças).
O Abate de cabeças de frango registrou 102,54 mil toneladas (t) em peso das carcaças. O recorde da série histórica foi obtido no 2º trimestre de 2022 (108,99 mil t). Comparado ao 4º trimestre de 2023 (94,36 mil t) houve um aumento de 8,7%. Já se comparado ao mesmo período de 2023 (105,04 mil t), houve queda de 2,38%.
MS tem o 8º maior número entre as unidades da federação para ambos indicadores. PR tem os maiores (550,7 mi de animais e 1,18 milhão de t)
Produção de ovos de galinha é recordo no estado
A produção de ovos de galinha quebrou o recorde da série histórica no 1º trimestre de 2024. Com a produção de 21.54 milhões de dúzias, o valor é 13,1% maior que o obtido no último trimestre de 2023 (18.97 mi de dúzias) e 9,3% maior que o obtido no 1º tri de 2023 (19,62 mi de dúzias).
O número mais recente coloca MS em 11º entre as UFs, ficando SP com o maior número (290,05 mi de dúzias) e RJ com o menor (1,48 mi de dúzias)