Em menos de 72 horas, Polícia Civil recaptura foragido do Presídio de Segurança Máxima

Equipes do Garras
seguem empenhadas
para localizar o
segundo foragido - Foto: Nilson Figueiredo
Equipes do Garras seguem empenhadas para localizar o segundo foragido - Foto: Nilson Figueiredo

Casa no Jardim Campo Alto funcionava como “Hotel do Crime” para faccionados evadidos do sistema prisional

 

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul segue consolidando bons resultados, exemplo disso, foi que a equipe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) recapturou, na noite de quarta-feira (6), um dos fugitivos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Diferente do caso registrado em Mossoró, onde as buscas por dois fugitivos da unidade prisional completam nesta sexta-feira (8), 24 dias. Na Capital, Naudiney de Arruda Martins, de 32 anos, já foi preso em menos de 72 horas.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem, o delegado Pedro Cunha, contou que desde segunda-feira (4), quando quatro presos tentaram pular o muro do presídio Jair Ferreira Carvalho e uma dupla teve êxito, as equipes começaram a trabalhar no caso, na tentativa de localizar os fugitivos.

Pedro Cunha, delegado Garras – Foto: Nilson Figueiredo

“O Garras passou a realizar diversas diligências, no sentido de recapturar os fugitivos, então, com apoio da gerência de inteligência, a gente passou a monitorar as pessoas próximas aos fugitivos e pessoas que poderiam prestar uma rede de apoio se necessário, tanto com alimentação, quanto com hospedagem.

Diante disso, a gente começou as diligências e assim que a gente teve conhecimento, empenhamos algumas equipes e na data de ontem, a gente conseguiu monitorar uma pessoa próxima a ele. No final do dia a gente conseguiu visualizar o foragido e demos voz de prisão para ele”, explicou o delegado.

O trabalho rápido e ágil dos agentes garantiu a recaptura de Naudiney de Arruda Martins, de 32 anos. Conforme o delegado, o segundo fugitivo, identificado como Douglas Luan Souza Anastácio, de 33 anos, também se abrigava no local, porém antes dos agentes chegarem ele tinha saído para encontrar outros amigos.

Ao dar voz de prisão para Naudiney, ele teria tentado fugir, dando início a uma perseguição. Contudo, em menos de 72 horas, ele já estava novamente preso e cumprindo com as normas e procedimentos, dentre eles, o exame de corpo de delito. Posteriormente, será encaminhado para o presídio que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) designará para ele.

“Ele desobedeceu e empreendeu fuga pelos fundos da residência, adentrando em um condomínio de casas. Iniciamos a perseguição. Ele continuou fugindo, pulando muro, invadindo várias residências dentro desse condomínio e quando a gente entrava num lugar, ele já pulava para outro. Em determinado momento a gente conseguiu visualizar que ele estaria em uma casa, num imóvel que estava aparentemente em construção ou abandonado e conseguimos localizar ele escondido na laje desse imóvel capturamos ele”, narrou.

No local em que o fugitivo se escondia, uma residência no Bairro Jardim Campo Alto, foi encontrado um outro foragido da polícia que tinha passagem por tráfico de drogas e corrupção de menores. Os policiais intitularam então o local como “Hotel do Crime”, pois refugiava foragidos da Justiça. Os outros quatro indivíduos, dois homens e duas mulheres, que auxiliaram os condenados tanto com estadia, quanto com alimentação, foram autuados pelo crime de favorecimento pessoal.

O delegado constatou que os fugitivos da Máxima são integrantes de uma facção criminosa e já estariam preparando a saída do país. “A gente conseguiu prestar uma resposta rápida a uma fuga. Em menos de 72 horas, conseguimos localizar, capturar e colocá-lo de novo à disposição da justiça. E continuamos as diligências no sentido de capturar o segundo, tenho certeza de que em breve isso vai acontecer, não há a menor dúvida. Pelo que a gente constatou, esses indivíduos são membros faccionados de uma organização criminosa. E, ao que tudo indica, ele já estava se articulando com outros membros dessa facção para viabilizar um resgate para ele naquele local para poder transportá-lo dali para a Fronteira do Brasil com o Paraguai, onde ele teria uma maior facilidade, em se evadir da Justiça”, finaliza o delegado.

 

Por Inez Nazira

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