Dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) apontam um crescimento no número de acidentes e mortes registradas nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Liderando o ranking está a BR-163, conhecida, há anos, como “rodovia da morte”, com pelo menos 10 mortes registradas, somente em março deste ano. No ano passado, o mesmo mês marcou três mortes por acidentes, na estrada.
De 1º de janeiro a 28 de fevereiro de 2023, a BR-158, que atravessa o país de norte a sul, passando por cidades, de Mato Grosso do Sul, como Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas e Brasilândia, liderava com 8 mortes, até então. Ao todo, foram 17 acidentes na rodovia, sendo 2 com ferimentos graves.
No mesmo período, a BR163 havia registrado 102 acidentes, sendo 21 com ferimentos graves e seis mortes. Em contrapartida, somente no mês de março, a rodovia assumiu a liderança com um crescimento no número de mortes e acidentes no Estado, dentre eles o acidente das quatro amigas, que iam em sentido Jaraguari, o da colisão de uma carreta bitrem e um caminhão baú, em Eldorado, que deixou três mortos, e o caso mais recente, que matou um casal e uma criança em Sonora, no último fim de semana.
Ao todo, MS é composto por nove rodovias e somente três delas não registraram nenhuma morte até fevereiro deste ano, mesmo diante dos números de acidentes.
Ao jornal O Estado, o especialista em transporte da USP (Universidade de São Paulo), Sérgio Ejzenberg, ressaltou que os números expressivos são reflexo de um conjunto de fatores. A seu ver, a infraestrutura tem sua parcela de culpa, bem como os condutores que praticam impudência, no trânsito.
“É certo que as condições das rodovias causam impacto no número de mortes e acidentes. No entanto, também é preciso que o condutor faça sua parte: respeite às sinalizações, dirija com prudência, e tenha dinâmica na estrada. Assim como a infraestrutura da rodovia, que deve ser mantida nas melhores condições, prezando pela vida de todos.”
Por Brenda Leite – Jornal O Estado de MS.
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