Dia 20 de abril foi marcado por corrente de oração, palestras e escolas fechadas

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Foto: Divulgação/Governo de MS

Período foi de ressignificação contra a insegurança e medo contra as possíveis ameaças e massacres

O dia 20 de abril foi marcado por uma rotina diferente, nas escolas públicas de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, algumas escolas municipais não tiveram aulas e, na rede estadual, palestras e ações sobre a segurança marcaram o dia de ontem (20).

Das 205 escolas municipais da Capital, 30 não tiveram aulas, devido à tensão e o medo, após ameaças de ataques que circulavam nas redes sociais, desde a morte de quatro crianças em uma creche, em Blumenau (SC), há duas semanas.

Procurada, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que a suspensão das aulas se deu por conta do conselho de classe, já que muitas escolas optaram por adiantar a reunião para a data. Algumas escolas privadas também decidiram suspender as aulas, emendando com o feriado desta sexta-feira, de Tiradentes (21).

As escolas municipais que não recebem alunos passam por conselho de classe devido às provas bimestrais realizadas na última semana, conforme informado pela secretaria. Estudantes e familiares foram avisados com antecedência da decisão das unidades de ensino.

Em contrapartida, as escolas que mantiveram as aulas normalmente tiveram o esquema de segurança reforçado, com policiamento e rondas, além de orientações, como a entrada no local somente de pessoas autorizadas. As direções fizeram “atividades de conscientização” com os alunos.

Já as escolas da rede estadual nas cidades de MS tiveram aulas, conforme o governador do Estado, Eduardo Riedel, já havia anunciado. Os alunos das escolas estaduais tiveram atividades sobre paz, emoções e sentimentos.

Ao jornal O Estado, a SED (Secretaria de Estado de Educação), em parceria com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), realizou o “Dia S de Segurança nas Escolas”, almejando o ambiente mais tranquilo para alunos e profissionais da educação, considerando-se as ameaças de ataques nas escolas de todo o país.

Além disso, na Capital, a atuação das equipes responsáveis pelas rondas do programa “Escola Segura Família Forte” também foi intensificada. O método de trabalho foi realizado, principalmente, para transmitir segurança à comunidade escolar, especialmente aos alunos e seus familiares, além de trabalhadores na educação.

“Além da dupla de policias em todas as escolas estaduais, desde às 6h30 até 17h30, a ronda escolar trabalhou a todo instante. É claro que toda a força de segurança do Estado, inclusive da Guarda Municipal, estiveram preparadas”, afirmou o coordenador do programa “Escola Segura Família Forte”, na Sejusp, Valson Campos dos Anjos.

O trabalho regular da Segurança Pública e da PM deve continuar, com missões e rondas. Conforme informações repassadas pela polícia, as escolas particulares e municipais também receberam atenção especial das equipes.

“Reforçamos a presença da Polícia Militar nas 75 escolas estaduais de Campo Grande. Em cada uma foi destinado, pelo menos, dois policiais, nessa quinta-feira, nos turnos matutino e vespertino. Todas foram atendidas e reforçamos o policiamento para dar atenção especial nos horários de entrada e saída. E, durante as aulas, a equipe esteve dentro das escolas”, detalhou o comandante do Comando de Policiamento Metropolitano de Campo Grande, Emerson de Almeida Vicente.

Todas as ações de segurança desenvolvidas contemplam a Capital e o interior, com apoio das forças de segurança locais. “No caso do interior, houve o policiamento com rondas na entrada e saída das escolas e também a presença da PM dentro das unidades, com suporte da Polícia Civil e da Guarda. Todas as forças de segurança estiveram empenhadas, neste sentido”, afirmou a SED.

Familiares clamam pela segurança dos filhos, nas escolas

Apesar de demonstrarem força diante os alunos, os professores têm enfrentado dias de tensão nas escolas e dentro das salas de aula, quando o assunto são as ameaças e massacres. A escola municipal Professor Licurgo de Oliveira Bastos, localizada no bairro Vila Nasser, na Capital, reservou a data para praticar a fé.

Sendo uma das escolas que decidiu não abrir os portões para os alunos, antecipando o conselho de classe, professores e funcionários da escola se uniram, logo pela manhã, e realizaram uma corrente de oração pelos alunos. “Iniciando o dia de hoje e os trabalhos com oração”, disse a coordenação da escola.

Unidos pela segurança das crianças, os pais celebraram a iniciativa da escola. “Que Deus abençoe nossas crianças e os servidores da escola”, disse Catarina Gonçalves, mãe de um aluno.

Por Brenda Leitte  – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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