Um dos temas que poderia sofrer alterações por conta da alternância de Poder presidencial é o decreto dos CACs, mas o deputado federal, Marcos Pollon (LP), afirma com todas as letras que não haverá revogação e que os interessados podem descansar a respeito.
“Não vai ter “revogaço” e nem confisco. Faremos TUDO para que isto não aconteça. Confisco é inadmissível, um setor que movimento milhões não será destruído em 1 de janeiro. Estou em contato com lideranças e não haverá “revogaço”. O Brasil é nosso”, defendeu Polon.
No Estado a lei foi sancionada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e publicada no Diário Oficial do Estado em 08 de junho. E muitos esportistas têm cobrado do parlamentar esta pauta, já que o presidente Jair Bolsonaro é um defensor da pauta e com o Lula no poder o medo era que o decreto fosse revogado.
Saiba mais da LEI
É o direito de portar armas dos CACs, sobretudo dos atiradores — que costumam transportar outras armas de fogo, inclusive de uso restrito, como fuzis – é importante para a proteção do acervo durante o trajeto até o local de treinamento. Sem uma arma de porte, pronta para o uso, o atirador fica vulnerável à ação de criminosos, que podem abordá-lo e roubar suas armas, lesando, assim, toda a sociedade. Contudo, este direito deve, de fato, ser limitado ao trajeto indispensável ao clube de tiro e conferido aos desportistas por meio de lei, que é a expressão da vontade geral.
Modalidade esportiva
O tiro desportivo tem uma das mais significativas histórias do esporte brasileiro. Foi nos Jogos Olímpicos de 1920, em Antuérpia, na Bélgica, que o tenente do Exército Brasileiro Guilherme Paraense conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil.
Na categoria de pistola de tiro rápido, com distância de 30 metros, 38 atletas vindos de 14 países disputavam a medalha de ouro. Nosso Guilherme Paraense fez 274 pontos, dois a mais que o americano e cinco a mais que um suíço, tornando-se o primeiro brasileiro a subir ao lugar mais alto do pódio. Seu colega Afrânio da Costa ficou com a medalha de prata na modalidade Pistola Livre.
Mas tudo isso só aconteceu depois da difícil e incrível saga que eles viveram numa viagem de navio, de 27 dias do Brasil à Bélgica, recheada de percalços como falta de dinheiro, de local apropriado para treino, de péssimas acomodações na terceira classe e, principalmente, do roubo de todo o equipamento (armas e munições) da equipe de tiro.
A participação nos Jogos Olímpicos só foi possível graças ao espírito esportivo da equipe americana, que emprestou armas e munições, possibilitando, assim, as conquistas brasileiras.
Acesse as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram.