Dentro do que é permitido em contrato, Consórcio Guaicurus monitora os ônibus por meio da tecnologia

Telas são atualizadas
a cada 5 segundos e
mostram em tempo real
onde os ônibus estão (Foto: Nilson Figeuiredo)
Telas são atualizadas a cada 5 segundos e mostram em tempo real onde os ônibus estão (Foto: Nilson Figeuiredo)

         Controladores visualizam os deslocamentos, mudanças de velocidade ou trajetos, onde tudo é relatada à Prefeitura pelos diários de bordo dos motoristas.

Como passageiros, nossa única função é ter os passes de ônibus no cartão magnético e estar no ponto de parada no horário de passagem. Porém, na outra ponta, uma equipe com mais de mil colaboradores tenta otimizar o serviço com o uso de tecnologias de monitoramento dentro do que está permitido no contrato com a Prefeitura de Campo Grande.

No “primeiro portas abertas” desde a regulação do transporte coletivo na Capital com cobrança de passagens, em julho de 1999, o Consórcio Guaicurus apresentou um pouco da rotina de trabalho e todas as ferramentas usadas para trazer mais segurança aos usuários, motoristas dos ônibus e as outras pessoas do trânsito.

O Consórcio Guaicurus é formado pelas empresas Jaguar Transportes Urbanos, Viação Campo Grande, Viação Cidade Morena e Viação São Francisco. Juntas, o Consórcio venceu uma licitação em 2012 e, desde então, possuem o direito de operar o transporte coletivo da Capital. A grosso modo, é parecido com os direitos de exclusividade na prestação de serviço que outras empresas possuem, como a Águas Guariroba e Energisa.

Firmado 12 anos atrás, esse contrato traz algumas exigências, de ambas as partes. Para a população entender: as ruas que os ônibus passam, as planilhas de horários de cada linha, as estações ou ponto de embarque, assim como os terminais, são de responsabilidade da Prefeitura. De todas as obrigações da empresa, a mais “rígida” é cumprir os horários estabelecidos pela contratante, onde atrasos e adiantamentos podem gerar multa mínima de R$353.

Só que o trânsito é dinâmico. Um dia nos deparamos com buraco para manutenção do esgoto, árvores caem por causa da chuva, eventos públicos bloqueiam a vida, capotamentos podem congestionar importantes avenidas e por aí vai. É exatamente para deixar claro todo o percurso e situações do dia-a-dia que a empresa tem o CCO (Centro de Controle Operacional).

Com telas que atualizam a cada cinco segundos a localização dos veículos pelas ruas, tudo que acontece é documentado. Em um acidente, sensores registram o momento que o motorista precisou frear bruscamente, quando os pneus ficaram aquecidos e até câmeras que registram o percurso.

“Os horários programados ali são para um dia normal, sem nenhum problema, sem nenhum acidente, sem nenhum desvio, sem nenhum fechamento. Então, o que a gente tem muito aqui é interdição de rua para manutenção, que só ficamos sabendo a hora que o motorista chega, o que interfere na operação. Então, num dia perfeito, tudo vai correr normal e a gente vai conseguir cumprir o horário, mas acontecem acidentes que acabam prendendo o trânsito e outras diferentes situações”, explica uma das responsáveis pelo monitoramento, Carol Ferreira.

Cada ônibus possui um smartphone com apenas o sistema de Diário de Bordo para os motoristas, onde registram os dados das catracas do começo do percurso e do fim, possíveis “sinistros” e até fotos podem ser anexadas. Esse sistema transmite as informações para o Gestão Municipal acompanhar.

“Aqui nós somos prestadores de um serviço, onde as regras e determinações são feitas pela contratante, a Prefeitura. Todas as tecnologias usadas são para maior segurança dos nossos colaboradores e dos passageiros”, garante o gerente de operações do Consórcio, Paulo Oliveira.

 

Por Kamila Alcântara

 

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