Dança das cadeiras: Secretários deixam governo e prefeitura para corrida eleitoral

Arte: O Estado Online
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Prazos importantes do Calendário Eleitoral vencem nesta e na próxima semana, e com isso pré-candidatos e autoridades que têm a intenção de concorrer de fato ao pleito 2022 já manifestam a intenção de deixar o cargo que ocupam, seja no governo estadual ou do município de Campo Grande. A data máxima é 2 de abril.

Alguns nomes já estão confirmados na “dança das cadeiras”, como vem informando O Estado Online desde o início do mês. Secretários estaduais como Geraldo Resende (Saúde) e Eduardo Riedel (Infraestrutura), ambos do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), saem das pastas que dirigem para concorrer, respectivamente, ao cargo de deputado federal e governado do Estado – este último no lugar de Reinaldo Azambuja, que já completou seus dois mandatos consecutivos.

No dia de hoje (30), Resende participou ao vivo da TV O Estado Play, onde discutiu diversos pontos do cenário político. Confira abaixo:

E por falar em Azambuja, a atual subsecretária de Política Públicas para Mulheres em MS, Luciana Azambuja Roca, também decidiu por pleitear o Congresso Nacional enquanto deputado federal pelo Progressistas, de aliança com o diretório estadual do partido tucano.

Ainda no âmbito do Governo de MS, João César Mattogrosso (PSDB) confirmou que irá disputar à vaga de deputado estadual e, com isso, deixará de ser o titular da Secic (Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura). Amigo próximo do governador, o vereador em exercício do município de Campo Grande recebeu o convite para a recém-criada secretaria no segundo mandato de Azambuja.

Por fim, até então o nome de Maria Cecilia da Motta, secretária de Estado de Educação, estaria na listagem dos titulares que deixam seus cargos para concorrer ao pleito de 2022, porém em entrevista ao Jornal O Estado MS na tarde desta quarta-feira, a professora garantiu que não irá sair da gestão.

Quem fica no lugar?

As assessorias do governo e das pastas estaduais não foram abrangentes nas informações de quem fica no lugar de quem. Basicamente – até como já é esperado –, os adjuntos de cada secretário assumem o cargo de gestor Executivo. Pela lista, são eles:

No lugar de Resende (Saúde), fica Christine Maymone;
No lugar de Riedel (Infraestrutura), fica Renato Marcilio;
No lugar de Mattogrosso (Cidadania e Cultura), fica Eduardo Romero (a confirmar);
No lugar de Luciana (Mulheres), assume um servidor da própria equipe (nome a confirmar);

Por trás dos gabinetes, entretanto, o clima não é só de despedida: parece que as articulações já estão sendo organizadas até para a esperada saída do governador, no fim deste ano.

Maymone (esquerda), Marcilio (centro) e Romero (direita) assumem as secretarias estaduais. Arte: O Estado Online

Na Prefeitura da Capital

Os atuais secretários municipais Pedro Pedrossian Neto (Finanças) e Elza Fernandes (Educação), ambos pelo PSD (Partido Social Democrático) – mesmo partido que o prefeito Marquinhos Trad, que irá renunciar aos “45 do segundo tempo” – também confirmaram a intenção de deixar as pastas que ocupam para concorrer as eleições deste ano.

No caso, os dois pretendem pleitear a cadeira na Assembleia Legislativa enquanto deputado estadual pelo mesmo partido. Assumirão no lugar Márcia Helena Hokama (adjunta de Pedrossian) e a servidora de carreira Alelis Izabel de Oliveira Gomes (superintendente de Gestão de Normas da Educação municipal).

Já Marquinhos, terá que comunicar sua saída da gestão do Executivo municipal na Câmara dos Vereadores e ainda registrar sua renúncia no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). O prazo também é até o próximo sábado, 2 de abril.

Elza Fernandes e Pedrossian Neto saem da gestão municipal para pré-candidatura ao pleito 2022. Arte: O Estado Online

De ministra para o Senado

Deputada federal por MS convidada para assumir o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro (Partido Liberal), a sul-mato-grossense Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Progressistas) já garantiu que deixa a pasta que atualmente dirige para voltar ao Congresso Nacional.

Contudo, desta vez ela pretende concorrer ao cargo no Senado. Em diversas ocasiões, Tereza confirmou que – se fosse necessário – acompanharia Bolsonaro em uma possível reeleição. Porém, com o gesto de querer voltar ao Congresso, a pré-candidata “fez sua cama” no intuito de continuar a exercitar política no âmbito nacional, caso o atual presidente da República não se reeleja.

Por sua vez, o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes (PSD-MG), já tem cerimônia marcada de posse enquanto novo ministro da pasta. A partir de manhã (31) ele substitui oficialmente Tereza Cristina.

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