Gideão Sanabria Lima, de 36 anos, morreu após trocar tiros com a Polícia Militar na noite de segunda-feira (2), em Campo Grande. Gideão comandava o ponto de venda de drogas conhecido como “Boca do Gideão”, localizado na Rua do Trilho, no Bairro Nova Campo Grande, um endereço informal que não aparece no mapa urbano de Campo Grande. No local, o comércio de entorpecentes ocorria livremente, até mesmo à luz do dia, em um barraco improvisado com paletes.
A operação policial foi desencadeada com o objetivo de desmantelar o esquema de tráfico de drogas no bairro. A ALI (Agência Local de Inteligência) da Polícia Militar realizou monitoramento do local, documentando o fluxo constante de usuários comprando drogas no barraco de Gideão. Na noite de ontem, os agentes decidiram intervir e cercaram a área, que é cercada por mata, o que facilitaria uma possível fuga.
De acordo com o boletim de ocorrência, assim que a abordagem foi iniciada, os policiais foram recebidos a tiros por Gideão, que reagiu disparando contra os agentes. A Polícia Militar revidou, atingindo Gideão. Ele foi socorrido pelos próprios policiais e encaminhado para atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Santa Mônica, mas não resistiu aos ferimentos. Gideão já chegou morto à unidade de saúde, transportado em uma caminhonete escura que não tinha as identificações padrão das viaturas da PM.
Ainda conforme o registro policial, durante a operação, uma mulher que estava no barraco conseguiu fugir para uma casa ao lado, mas foi detida logo em seguida. Ela alegou não ter envolvimento com o tráfico de drogas, mas foi presa em flagrante. No local, os policiais apreenderam seis porções de cocaína, totalizando 71 gramas, e 19 porções de maconha, pesando 100 gramas. Além disso, foram encontradas outras porções de entorpecentes espalhadas nas proximidades do confronto, bem como a arma de fogo utilizada por Gideão.
Histórico criminal
Gideão Sanabria Lima possuía um extenso histórico criminal no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), com registros de crimes como receptação, estupro de vulnerável, atentado violento ao pudor e tráfico de drogas.
O local onde operava sua “boca” de tráfico era um conhecido ponto de venda de entorpecentes na região, frequentemente monitorado pelas autoridades. A Polícia Militar continua as investigações para desmantelar o esquema criminoso e identificar possíveis cúmplices.
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