Com vítimas em MS, polícia prende 33 suspeitos de aplicar golpe dos nudes

Reprodução/ PC-RS
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Durante as investigações da Operação Cantina, agentes da Polícia Civil, prenderam na manhã de hoje (29), 33 suspeitos de participarem de uma organização criminosa que aplicou golpe de nudes em 12 estados brasileiros, entre eles em Mato Grosso do Sul. As prisões ocorreram em 11 cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

O esquema da organização criminosa foi tema do programa Linha Direta, da Rede Globo, da última quinta-feira (25). Segundo as investigações, o golpe tinha alvos homens, que eram atraídos pelas redes sociais por mulheres, com quem trocavam fotos intimas. Em seguira, uma terceira pessoa entrava na conversa e dizia que a mulher era, na verdade, uma menor de idade, e começavam a cobrar dinheiro para que os homens não tivessem suas fotos pessoais expostas na internet.  

De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, as prisões de hoje aconteceram nas cidades de: Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Viamão, Tramandaí e Imbé. Em Santa Catarina, os trabalhos de investigação ocorreram em: Florianópolis, Ingleses e Carianos.

Segundo apurado pelo Portal G1, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva;  30 de prisão temporária; 33 de busca e apreensão; e 25 bloqueios de contas bancárias.

Durante um ano de investigação, foram 140 pessoas presas somente no Rio Grande do Sul. Os suspeitos atraiam empresários, médicos e até políticos. Ainda conforme apuração da Polícia Civil, foram identificados 80 vítimas do golpe em todo país e somente uma pessoa teria perdido mais de R$ 100. O prejuízo chega a R$ 5 milhões.

Segundo as investigações, os policiais também identificaram vítimas nos seguintes estados:   Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Foto: Eduardo Paganella/RBS TV

Médico de Campo Grande procura a polícia alegando ser vítima de extorsão  

Um médico de 52 anos, procurou a polícia no dia 16 de maio deste ano, alegando ser vítima de extorsão após receber mensagens de uma pessoa desconhecida que ameaçava divulgar suas fotos pessoais nas redes sociais como “médico pedófilo”. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro e está ainda sob investigação. 

Conforme apurado pelo boletim de ocorrência, o médico recebeu diversas mensagens do DDD 11, alegando que a pessoa tinha fotos do médico pedófilo e que iria publicá-las na internet.  Na tentativa de extorquir a vítima, o suspeito enviava uma montagem com uma foto pessoal do médico tirada no Instagram. 

Apavorado com a situação e com a sua reputação profissional, o médico realizou diversas transferências nos valores de R$ 10 mil, R$ 15 mil e R$ 3 mil em diversos bancos, na tentativa de evitar qualquer exposição de suas fotos falsas. 

Assustado com a repercussão, o médico procurou a delegacia e registrou o caso como extorsão. Durante o depoimento na delegacia, o médico alegou que desconhece a pessoa que realizava as ameaças e que nunca teve nenhum envolvimento com pedofilia. 

Troca de mensagens entre o grupo criminoso e uma vítima do golpe Foto: Montagem/g1

Como os criminosos chantageavam as vítimas?  

Segundo a Polícia Civil, os criminosos montavam cenários para simular delegacias e filmar encenação no momento em que as vítimas realizava o registro de ocorrência por pedofila e também de estelionato. Durante a investigação, foram descobertos delegacias falsas em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Ainda durante as investigações, os policiais descobriram que uma adolescente de 17 anos foi aliciada pela organização criminosa. Ela se fotografava, onde recebia entre R$ 100 e R$ 200 por “pacote de imagens” e as fotografias eram usadas no esquema. 

Há suspeitas de mais vítimas de aliciamento e jovens de idades entre 18 e 19 anos que se passavam por menores de idades.  

Os criminosos ostentavam dinheiro ganho pelo golpe nas redes sociais. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Como denunciar

A Polícia Civil destaca que nenhum policial entra em contato ou envia mensagem exigindo qualquer valor em dinheiro para negociar, cumprir ou descumprir quaisquer mandados de prisão. Caso este cenário aconteça, orientação é que procure a polícia e registre o boletim de ocorrência. 

Disque denúncia – 08005102828

WhatsApp e Telegram – (51) 9 8444-0606

 

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