Com redução de 25,6% nos crimes violentos, Capital investiga execução em praça pública

Penitenciária de Segurança Máxima -  Fotos: Marcos Maluf
Penitenciária de Segurança Máxima - Fotos: Marcos Maluf

Mesmo com a onda de insegurança dentro do Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande após fuga de presos na última segunda-feira (04). Mato Grosso do Sul encerrou os dois primeiros meses de 2024 com redução de 25,6% nos números de crimes violentos.

A redução foi nos crimes homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte, e latrocínio. Dados Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram que janeiro e fevereiro registraram 26 e 22 homicídios dolosos. No ano anterior, os registros foram de 39 em janeiro e 35 em fevereiro, representando redução de 37,8% neste ano.

Mato Grosso do Sul fechou o ano de 2023 com o menor número de homicídios registrados nos últimos 10 anos. Foram 446 homicídios no Estado em 2023, menor número desde 2014.

O Brasil fechou o ano de 2023 com o menor registro de CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais) desde 2010. Em 2023, foram registrados 40.464 CVLIs. No comparativo com 2022, que registrou 42.190 CVLIs, a redução é de 4,09%, o que representa quase 2 mil vidas de brasileiros e brasileiras salvos.

A onda de insegurança segue dentro e fora dos presídios, na noite do último domingo (03), A manicure, Luana Azevedo Silva, 37 anos foi morta durante a execução de um jovem identificado como Wanderson Mateus Vieira de Araújo, 20 de idade, morto por dois homens em uma motocicleta em frente ao ponto de ônibus com pelo menos 17 tiros no Bairro Estrela do Sul em Campo Grande.

Execução de ambas as vítimas aconteceram em frente a uma praça que tem uma base da GCM (Guarda Civil Metropolitana), a insegurança toma conta do lugar que é rodeado de pessoas vendendo e fazendo uso de entorpecentes.

Urbanização e Penitenciárias
A beira de um colapso no Presídio de Segurança Máxima após fuga de dois internos na última segunda-feira (04), os evadidos ainda não foram capturados.

A fuga que aconteceu durante a madrugada mobilizou a força de segurança de Campo Grande. Com extensa ficha criminal Douglas Luan Anastácio e Naudiney de Arruda Martins tem passagens por furto, roubo e tráfico de drogas.

Ao jornal O Estado André Luiz Santiago, presidente do Sinsap (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul), revelou que além da falta de efetivo de policiais penais, as moradias em torno do presídio continuam sendo um problema. “Urbanização em torno do complexo penitenciário contribuiu para fuga, lutamos para que haja um projeto de lei que retire as casas em torno ou retire os presídios do perímetro urbanos”, enfatizou. Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disse que apura as circunstâncias da fuga de dois internos do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” em Campo Grande. Eles estavam alojados no Pavilhão 6. Os dois presos que foram capturados estão isolados em cela disciplinar e responderão a um Padic (Procedimento Administrativo Disciplinar). A AGEPEN retomou ontem (5), a fiscalização em outra torre de monitoramento, agora são duas em funcionamento de um total de nove.

Vale lembrar, que o Jornal O Estado já havia questionado a Agepen e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), no dia 16 de fevereiro, após presos de Pedro Juan Cabellero terem iniciado um motim na unidade. Contudo, na ocasião, tanto a Agência quanto a Secretaria informaram que não era necessário reforçar as medidas de segurança.

 

Por Thays Schneider

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