Com menos de 10% dos prioritários vacinados, Saúde amplia imunização da Influenza para crianças e realiza Dia D no sábado

Vacinação - criança
Divulgação/PMCG

Desde o dia 4 de abril, Mato Grosso do Sul iniciou a Campanha de Vacinação contra a Influenza para idosos e trabalhadores de saúde, mas há quase um mês de campanha, foi atingido apenas 9,90% de cobertura vacinal. A baixa procura preocupou a Saúde do Estado que decidiu antecipar a ampliação do público-alvo e realizar atividades durante o ‘Dia D’ no próximo sábado (30).

Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), a população estimada apta a se vacinar contra a Influenza no MS é de 1.048.221. O Estado recebeu do Ministério da Saúde 220 mil doses de imunizantes, mas foram aplicadas 78.102 doses até o momento, sendo 31.898 em Campo Grande, isso representa 17,7% dos idosos, 16,5% dos trabalhadores de saúde imunizados.

Em razão da baixa procura pela vacina, a SES antecipou a imunização em crianças que estava prevista para começar na segunda etapa da campanha, no dia 3 de maio, junto com os demais públicos.

“Com as doses contra a Influenza disponíveis, decidimos abrir para todos os municípios a vacinação contra Influenza em crianças, mas cada município pode adotar a sua estratégia. Corumbá já iniciou a vacinação infantil e Campo Grande começa hoje”, explicou a coordenadora Estadual de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger.

Ana Paula ainda ressalta que apesar de estar no início da campanha, houve pouca adesão, por isso, as novas estratégias de ampliar a vacina para crianças, e fazer atividades para a população durante o ‘Dia D’.

“Ainda no sábado a estratégia é oferecer até algodão-doce, pipoca e colocar carros de som na frente de unidades de saúde para atrair os pais e responsáveis e assim imunizarem o público-alvo.”, informou.

Imunização e internação

A superintendente de Vigilância em Saúde da pasta, Veruska Lahdo, revela que a antecipação das vacinas também estão relacionadas aos leitos pedíatricos que estão superlotados na Capital.  Segundo ela, muitos dos leitos pediátricos ocupados não são por COVID ou Influenza, mas por outros vírus respiratórios.

“Vamos entrar em momento de maior circulação do vírus então vacinar a população do públicoálvo é prioritário, passamos por epidemia da Influenza em janeiro com 29 mortes de H3N2, isso é preocupante”, revelou.

Primeira etapa – entre os dias 04/04 e 02/05

Idosos com 60 anos ou mais;

Trabalhadores da saúde;

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias);

Segunda etapa – entre os dias 03/05 e 03/06

Gestantes e puérperas;

Povos indígenas;

Professores;

Comorbidades;

Pessoas com deficiência permanente;

Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;

Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;

Trabalhadores portuários;

Funcionários do sistema prisional;

Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;

População privada de liberdade.

Com baixa adesão, secretário municipal de Saúde faz apelo para imunização contra o sarampo em Corumbá

As doses da vacina do sarampo também estão com baixa adesão em Mato Grosso do Sul, o que também preocupa a Saúde já que o estado vizinho tem registros de casos da doença.

A vacinação que começou no dia 4 de abril segue diariamente em vários pontos dos municípios do Estado. Em Corumbá a cobertura vacinal contra o sarampo atingiu 13% até ontem (26). “No sábado, assim como o Dia D da gripe, vamos realizar um dia D com 14 pontos de vacinação e no decorrer da semanas ações nas escolas do município, declarou o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério dos Santos Leite.

Ainda segundo ele, já foram adotadas inúmeras estratégias como ações realizadas em escolas, pontos descentralizados e vacinação aos finais de semana e feriados. “A pandemia nos mostrou o quanto é valioso uma vacina, para prevenir surtos mortais e mitigar o risco de outras doenças evitáveis. Então faço um apelo para que a população compareça e levem seus filhos”, disse.

A vacinação é fundamental para manter sob controle doenças já consideradas erradicadas. Para ele, quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças.

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