Com gasolina mais barata, condutores conseguem abastecer 23 litros a mais no mês

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Imagem: Reprodução/Valentin Manieri
Isso é possível com o valor de R$ 327,15, gasto há 5 meses, para conseguir apenas um tanque

Por Izabela Cavalcanti – Jornal O Estado do MS

Com a gasolina custando R$ 4,79 em alguns postos de combustíveis de Campo Grande, o dinheiro dos condutores tem rendido mais na hora de encher o tanque do carro. Com isso, é possível “ganhar” 23 litros a mais, se comparado ao mesmo valor de abril deste ano, quando foi encontrado por R$ 7,27.

Isso porque, para encher o tanque de um carro de 45 litros, há cinco meses, eram gastos R$ 327,15. Agora, com esse mesmo montante, o motorista consegue 68 litros, ou seja, 23 litros a mais ou um tanque e meio a mais. Somente para abastecer com a capacidade do carro, o desembolso é de R$ 215,55, com a economia chegando a R$ 110,17.

O motorista de aplicativo Josué Pereira, de 38 anos, tem sentido a diferença no preço. “Percebi que consigo abastecer mais, gastando menos dinheiro. Antes eu colocava R$ 100, por exemplo, e o medidor nem chegava ao meio do painel. Agora, até passa um pouco. Então, eu consigo encher pouco mais de meio tanque com R$ 100”, comemora.

O Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul) ressalta que o mercado é livre. Com isso, segundo o sindicato, quando há um reajuste, o revendedor decide se o preço sobe ou diminui.

Preços

Conforme apurado pelo jornal O Estado, o preço de R$ 4,79 foi encontrado em dois postos da Avenida Calógeras e em um localizado na Rua Rui Barbosa, esquina com a Rua 26 de Agosto. Na Avenida Fernando Corrêa com a Rua 13 de Maio, e em outro posto na mesma avenida, esquina com a Rua 14 de Julho, o combustível está por R$ 4,87.

Histórico

A sequência de quedas começou desde 23 de junho, quando a gasolina atingiu média de R$ 7,20, em Campo Grande. Depois disso, no dia 28 do mesmo mês, o litro baixou para R$ 6,54 após o governo federal zerar os impostos de PIS/Cofins e Cide da gasolina e do etanol.

No dia 5 de julho, o combustível baixou mais ainda, tendo como reflexo a redução da pauta fiscal da gasolina em 16,84%, saindo de R$ 5,64 para R$ 4,69.

Já no dia 6 de julho, o governador Reinaldo Azambuja anunciou a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para 17%. A previsão era de R$ 0,60 a menos nas bombas. A partir disso, o litro já começou a ser encontrado por R$ 5,35 nos postos de Campo Grande.

No dia 20 de julho começaram os reajustes nas refinarias. Nesse dia, começou a valer a redução que resultaria em R$ 0,14 nas bombas. Com isso, o litro passou a custar R$ 5,21.

Após nove dias, uma nova queda de preço deixou a gasolina a R$ 5,11 na Capital. A estatal diminuiu em R$ 0,15 o litro nas distribuidoras, medida que refletiu nas bombas menos R$ 0,10.

Por fim, o último anúncio no dia 15 de agosto, sendo o terceiro em menos de dois meses, barateou a gasolina em até R$ 0,32, resultando no valor de R$ 4,79.

Veja mais: Gasolina ou álcool? Como calcular o que compensa mais na hora de abastecer

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