Com estoque sobrando, lojistas fazem saldão com produtos “verde e amarelo”

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Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Após derrota do Brasil, ambulantes também sumiram das ruas

Lojistas da região central de Campo Grande não perderam tempo e trataram de realizar uma queima de estoque com os produtos que sobraram, após o Brasil perder na Copa do Mundo. Paralelo a isso, os vendedores ambulantes que antes eram destaque pelas ruas da Capital, tiraram o “time de campo” e já não são mais vistos com seus varais lotados de camisetas verde e amarela. 

Contando com um cenário bem diferente da semana anterior, as lojas já não exibem mais as cores características do Brasil. No entanto, em alguns poucos locais ainda podem ser encontradas camisetas da Seleção que resistiram à fatídica eliminação na última sexta-feira (9), como é o caso da “Anime-se”, loja de produtos Geek, localizada na Rua 14 de Julho, com a Dom Aquino.

Trabalhando como caixa no local, Laura Bucker, de 18 anos, relata uma desaceleração no volume de vendas relacionadas à Copa. “Deu uma boa caída na procura, mas mesmo assim mantivemos as peças, optando apenas por descaracterizar o interior da loja que estava todo em clima de Copa. Para conseguir dar vazão ao estoque, colocamos as peças que contavam com valores mais elevados na promoção, com 50% de desconto”, conta a jovem.

Apesar da desilusão com a Seleção, os produtos estão tendo saída, mas nada comparado aos melhores dias, momento em que o faturamento chegou até triplicar com a procura dos torcedores. “Hoje contamos com poucas camisetas ainda estocadas, pouco mais de 30, pois nos dias que antecediam e no dia das partidas, a venda era muito boa. Acredito que perdemos de vender uns 30%”, completa Bucker. 

Na loja Crystore, também situada na Rua 14 de Julho, a gerente Jackeline Santana, 27 anos, relata que os produtos adquiridos para a venda durante a competição foram feitos de forma fixa, não contando com reposição, sendo assim não ocorreu uma sobra significativa no estoque. 

“Fizemos a retirada dos produtos que ficaram, sendo que foi muito pouco, o que não implicará em prejuízo. Claro que perdemos de ganhar, mas, estimo que seja apenas 10% a menos”, explica a gestora.  

Estoques

Em uma loja especializada em venda de camisetas, o cenário de perdas foi pouco sentido. Conforme o gerente do estabelecimento que fica na Rua Marechal Rondon Cândido Mariano, Rodrigo Azevedo, 42 anos, uma estratégia de contenção de perdas foi criada, no qual, os estoques eram repostos semanalmente para cada partida.

“Vendemos muito bem no dia dos jogos, inclusive nesse em que o Brasil foi eliminado. Hoje estou com aproximadamente 40 peças no meu estoque nas quais eu tenho certeza que serão vendidas até o fim do ano. O que posso dizer é que não perdemos, mas sim, deixamos de ganhar”, relata Rodrigo. Ainda de acordo com ele, as camisetas mais caras terão descontos de 50%.

Sobre a estimativa de quanto a loja deixou de lucrar com a saída precoce da Seleção Brasileira da Copa do Mundo, o responsável pelo comércio foi categórico ao afirmar que se trata de um montante significativo. “Deixamos de lucrar por baixo uns R$ 10 mil com as camisas”, concluiu Azevedo.

Por Evelyn Thamaris  – Jornal O Estado.

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