Diante do agravamento da situação de segurança em Israel, o Grupo Parlamentar Brasil-Israel anunciou nesta segunda-feira (16) que a delegação brasileira de autoridades municipais e estaduais será retirada por terra até a Jordânia, de onde seguirá viagem de retorno ao Brasil. A expectativa é que parte dos integrantes do grupo deixe o território israelense ainda hoje.
A informação foi confirmada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do grupo parlamentar. “Nosso compromisso é com a vida e a segurança dos brasileiros em Israel. Seguimos firmes no apoio ao povo israelense diante dos ataques. Graças à parceria com Israel, garantimos a retirada segura de parte da comitiva brasileira. Lamento que a ausência de embaixador complique este processo”, afirmou Viana.
A delegação brasileira é formada por 19 autoridades de 11 estados e estava em Israel a convite do governo local para participar de um seminário sobre tecnologia. Com o fechamento do espaço aéreo israelense após o aumento das tensões militares com o Irã, o grupo ficou impedido de retornar ao Brasil no fim de semana. Entre os brasileiros que estão retidos em Israel após o inícios dos combates com o Irã estão a secretária-adjunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Christinne Maymone, o responsável pelo setor de tecnologia da SES, Marcos Espíndola, e o secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna.

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna – Foto: reprodução/redes sociais
No sábado (14), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, entrou em contato com os membros da comitiva por telefone e garantiu que o governo federal está em diálogo direto com autoridades de Israel e da Jordânia para garantir a evacuação segura do grupo.
Segundo nota oficial da SRI, “a ministra transmitiu ao prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, que coordena o grupo, as tratativas com o Ministério das Relações Exteriores e as autoridades estrangeiras para viabilizar a saída do país”.
O plano de evacuação terrestre ainda depende da avaliação das condições de segurança locais, que continuam instáveis devido às hostilidades entre Israel e Irã.
Também fazem parte da missão em Israel representantes do Consórcio Brasil Central, que reúne estados do Centro-Oeste brasileiro, e que igualmente aguardam meios seguros para retornar ao Brasil.
A ausência de um embaixador brasileiro em Israel desde 2023 tem sido apontada como um obstáculo nas negociações diplomáticas, o que foi lamentado publicamente por Carlos Viana.
Com informações do SBT News
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