Clube Surian deixou lembranças e a esperança de ser transformado

clube surian
Foto: Divulgação

DJ que tocou no clube relembra que ingressos esgotavam em poucas horas

A segunda matéria especial desenvolvida pelo jornal O Estado sobre os prédios que marcaram Campo Grande, chega mostrando a história do edificio que marcou gerações. Fechado desde 2016, o prédio do antigo clube Surian, na avenida Mato Grosso, deixou saudades no coração dos campo-grandenses. Inaugurado nos anos 70, a casa de show bombou e virou ponto de encontro, principalmente entre os adolescentes da época. Mais de mil pessoas chegavam a frequentar o local, em dia de festa.

Em 2019, o prédio abandonado passou a pertencer à prefeitura de Campo Grande, pois a mesma perdoou uma dívida R$ 1.527.442,19 de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), taxas de coleta de resíduos e multas.

A prefeitura de Campo Grande decidiu então transformar o clube em uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil), mas o projeto ainda não saiu do papel. Em 2022 começou a busca por uma empresa interessada em realizar as obras de readequação do antigo clube Surian, localizado na avenida Mato Grosso. Conforme o projeto divulgado pelo município, quando revitalizado, o espaço contará com uma capacidade de receber até 400 crianças, do berçário ao grupo 5, com espaço para amamentação, biblioteca, sala de multimídia, espaço lúdico, brinquedoteca, entre outros espaços necessários para o atendimento e desenvolvimento nesta fase inicial da vida da criança.

Consciente da história e da importância do local para a população de Campo Grande, os donos do clube, que foi palco de eventos em Campo Grande por muitos anos, aceitaram o acordo para a extinção da dívida com as seguintes condições: manter o nome do clube (a escola será chamada Emei Surian), a prefeitura preservar a fachada e arquitetura do prédio e a Emei Surian conter um memorial com a história do clube.

A equipe do jornal O Estado esteve no antigo clube Surian. O local está visivelmente abandonado, o matagal toma conta do lugar, além das grades arrancadas e a falta de energia elétrica. Para a reportagem, um dos DJ que tocava, na época, no clube, Flavio Milani, 47, que atualmente mora nos Estados Unidos, em entrevista via ceular, relembrou os momentos marcantes vividos no clube, entre os anos de 1993 a 1999. “Nessa época tínhamos um grupo de seis amigos que tocava nas noites do Surian. A venda de ingressos começava um mês antes, para se ter uma nocção da movimentação que o clube gerava na cidade”, afirmou.

Flavio continua dizendo que as festas mais baladas da época eram a “Noite Macabra”, além das elaboradas pelo próprio clube. Sobre o abandono do prédio, Flavio lamenta e afirma que só sobraram as boas lembranças da época.

“Por isso criei a página nas redes sociais e faz muito tempo que não vou ao Brasil, mas acompanho a situação e fico entristecido”, finaliza.

Por – Thays Schneider

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