As cidades da região sul de Mato Grosso do Sul enfrentam chuvas intensas desde a madrugada desta sexta-feira (18), com acumulados significativos especialmente em Dourados e Rio Brilhante. Os temporais ocorrem em um dia de alerta laranja emitido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que prevê chuva forte, ventos intensos e risco de alagamentos em diversas regiões do Estado.
Em Dourados, os dados do Guia Clima, da Embrapa Agropecuária Oeste, mostram que choveu 14,3 milímetros entre meia-noite e 8h15 na região sul do município. No campo experimental da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), situado na região oeste, a precipitação foi ainda maior: quase 25 mm apenas nesta manhã. Considerando o volume registrado na véspera, o acumulado se aproxima dos 40 mm em menos de 24 horas.
Com o novo episódio de instabilidade, o volume total de chuva acumulado em abril já ultrapassa 220 mm na região oeste e atinge 155 mm na região sul do município — números que colocam o mês bem acima da média, após dois meses consecutivos de precipitações abaixo do normal.
Em Rio Brilhante, a situação é ainda mais expressiva. A estação da Embrapa registrou 61 mm de chuva nas últimas 24 horas, sendo 32 mm só nesta sexta-feira. Dados de propriedades rurais do município indicam que em algumas áreas choveu mais de 50 mm em apenas 12 horas.

Foto: reproduçãoDiego Batistoti/RB Notícias
Na área urbana da cidade, a chuva causou transtornos: uma árvore caiu na Avenida Lourival Barbosa, e houve alagamento no cruzamento das ruas Jeová da Fonseca Barbosa com Augusto Lopes da Silva.
As precipitações registradas em abril estão ajudando a compensar o déficit hídrico dos meses anteriores. Em março, por exemplo, Dourados acumulou 103 mm de chuva, 35 mm abaixo da média histórica. Já Rio Brilhante teve 131 mm, apenas 5 mm a menos que a média dos últimos 12 anos. Em Ivinhema, choveu 107 mm, 12 mm abaixo da média dos últimos 9 anos.
O Inmet mantém o alerta de perigo para chuvas intensas válido até a manhã de sábado (19), com previsão de até 100 mm por dia, rajadas de vento de até 100 km/h e risco de corte de energia elétrica e queda de árvores. A orientação é para que a população evite áreas de alagamento e procure abrigo durante as tempestades.
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