Chegando a quase R$ 7, litro do leite volta a subir nos supermercados da Capital

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Comparando com janeiro, o gasto médio com a bebida aumentou mais de 30%

 

A boa relação entre o consumidor e o litro do leite durou pouco, isso porque, atualmente, o cliente precisa pagar de R$ 5,29 a R$ 6,39 para conseguir levar a bebida para casa, praticamente o dobro do preço pago pelo produto em fevereiro deste ano, onde a caixa era R$ 3,99. A comparação de valor foi são dos dados coletados pela reportagem do jornal O Estado, que conduz a pesquisa de preço com itens da cesta básica semanalmente em seis supermercados de Campo Grande.

O aumento (30,22%) no gasto com a bebida fica evidente no preço médio pago pelo consumidor em Campo Grande, que saltou de R$ 4,60 (fevereiro) para R$ 5,99 (junho). A pesquisa levou em consideração os preços do leite integral Italac de 1 litro. A diferença de preço entre os estabelecimentos ficou em 20,79%. Alimento que combina bem com o leite é o achocolatado em pó (Nescau), mas a combinação não agrada o em nada o bolso, pois o produto nos supermercados variam de R$ 7,98, podendo chegar a ser cobrado por R$ 11,79.

E não tem como não falar no leite, e não lembrar do café a dupla de bebidas que os brasileiros adoram. Por sua vez, o café de 500 g (Três Corações) é comercializado em médio pelo valor de R$ 17,55, os campo-grandenses encontram o produto custando entre R$ 16,90 e R$ 19,50, foram os valores encontrados pela reportagem na sexta-feira (14). A diferença de preço para o achocolatado entre os pontos de comércio ficou em 47%.

Ainda conforme a pesquisa, o pacote de arroz de 5 kg (Tio Lautério) é repassado para o consumidor em torno de R$ 28,72. O valor mais em conta encontrado custa R$ 26,90 e o maior preço R$ 29,90, resultando 11,15% de variação. O feijão de 1 kg da marca Bem Tevi, custa R$ 6,05 em média, os preços oscilaram de R$ 5,49 à R$ 7,19.

Na seção de hortifruti, o quilo da batata ainda tem gerado desânimo nos momentos de compras para os clientes, os valores variam de R$ 10,79 podendo custar por até R$ 13,25. A sensação é que não se tem para onde correr, tendo em vista, que a variação de preço do alimento entre os seis estabelecimentos ficou em 22,80%. Na mesma trajetória de itens caros, o tomate é vendido entre R$ 7,99 e R$ 10,49 (31,29), o gasto médio com o produto é de R$ 9,65, aproximadamente.

Produtos de limpeza e higiene

Nesta semana os produtos desse setor foram os que mais apresentaram diferenças em seus valores. O papel higiênico custa R$ 24,62, em média. Os valores encontrados nos supermercados variam de R$ 19,90 e R$ 32,99 (65,78%). O sabonete, tido como vilão na pesquisa anterior, teve uma variação em seu preço de 120,81%, o produto custa entre R$ 1,49 e R$ 3,29.

O campeão da variação de preço foi o sabão em barras (Ypê), o material de limpeza é vendido entre R$ 7,98 podendo chegar a custar R$ 17,99.

‘Aumentou pra todo lado’

O preço do leite integral ficou mais caro de maio a abril em 16 das 17 capitais brasileiras, onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) acompanha o comportamento dos alimentos. “A menor oferta no campo, devido à entressafra, e a dificuldade da distribuição dos derivados de leite, como o leite UHT, ficou prejudicada com as chuvas do Rio Grande do Sul”, justifica a pesquisa sobre o aumento de preço da bebida.

O leite de caixinha subiu 8,49% na capital morena – Campo Grande. Na mesma linha, a manteiga apresentou aumento de 0,79%. No IPCA, índice de inflação oficial do país medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo, o leite longa vida acumulava queda anual de 7,9% até fevereiro.

 

Por Suzi Jarde

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