Casos de dengue sobem 895% em sete dias e acende alerta em MS

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Em sete dias, Mato Grosso do Sul confirmou 206 novos casos de dengue, o que representa uma alta de 895% se comparada a primeira semana de 2023, quando foram contabilizadas 23 confirmações. Os dados são do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) divulgados na quarta-feira (18).

Desde o início de 2023 o Estado contabilizou 1.106 casos prováveis e 229 confirmações por dengue. O percentual de casos prováveis subiu 206% em sete dias, passando de 272 para 834.

Apesar do Estado não ter registrado óbitos em 2023, no ano passado o número de mortes decorrentes da dengue teve um salto de 64% passando de 14 mortes em 2021 para 23 em 2022.

Dengue

Entre os fatores que contribuem para o aumento de casos está o período de chuvas, uma vez que propicia a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Conforme o Ministério da Saúde a transmissão da doença ocorre com maior frequência nos meses de maior incidência de chuva, geralmente entre novembro a maio.

O acúmulo de água parada torna o ambiente favorável para a proliferação do mosquito e, consequentemente, aumenta a disseminação da doença. Por isso é imprescindível evitar água parada, visto que os os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

Dentre os municípios com maior incidência de casos por densidade populacional estão Bodoquena (599,6), Bonito (567,8) e Caracol (420,6), Jaraguari (399,2), Miranda (382,7), Batayporã (317,2) e Rio Negro (313,0). Em Campo Grande, maior cidade do Estado, foram registrados 50 casos prováveis, uma incidência de 5,5.

Os dados apontam ainda que a maioria dos casos prováveis foi identificado em mulheres, 50,5%, enquanto o número de homens com suspeita da doença é de 49,5%. Pessoas entre 20 a 29 anos são as que mais testam positivo, cerca de 23,90% do total de casos prováveis.

No panorama nacional, Mato Grosso do Sul ocupa a 10º posição de incidência de casos, com 1.106 casos prováveis da doença, o que corresponde a uma incidência de 39,4 considerando que em todo o Estado, existem 2.809.394 habitantes.

Dengue

Foto: Divulgação/SES

Cuidados

O atual período de chuvas exige cuidados redobrados para prevenir a disseminação do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da zika e chikungunya.

Para evitar a proliferação do mosquito a secretaria de saúde recomenda a limpeza diária dos locais utilizados para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos; recipientes para armazenamento de água devem ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena, ou tecidos de tramas fechadas, assim, evitando o acesso do mosquito; caixas d’água também devem passar por limpeza regularmente, além de estarem adequadamente fechadas.

Sintomas

Para identificar a Dengue é preciso atentar-se aos sintomas, entre os principais estão:

Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen;
Vômitos persistentes;
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdio);
Sangramento de mucosas;
Letargia ou irritabilidade;
Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se
levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de
maneira brusca);
Hepatomegalia maior do que 2 cm;
Aumento progressivo do hematócrito.

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