Capital conta com 16 ambulâncias para quase 900 mil habitantes

Fotos: Marcos Maluf
Fotos: Marcos Maluf

Com número insuficiente, pacientes esperam horas por socorro médico 

Na última quarta-feira (23), a motociclista Reinalda Aparecida Paim da Silva, 62 anos, morreu em Campo Grande, após esperar 1h30 por atendimento do Corpo de Bombeiros. O que chama a atenção é que a situação não se trata de um caso isolado, já que na Capital o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) opera, atualmente, com 11 viaturas que são empregadas no atendimento de vítimas de acidentes de trânsito, emergências clínicas e no transporte inter- -hospitalar de pacientes. Além disso, existem outras cinco do Corpo de Bombeiros, sendo quatro para suporte básico e a Ursa (Unidade de Resgate e Suporte Avançado).

O acidente da última quinta- -feira (23) aconteceu após Reinalda ter sido atingida por um veículo que invadiu a preferencial, no cruzamento das ruas Santo Augusto com Rosa Maria, no Jardim Anache, em Campo Grande. O acidente aconteceu por volta das 11h da manhã, mas a ambulância só chegou às 12h30, uma hora e meia depois. Por falta de viatura, a vítima ficou esperando pelo atendimento, mas acabou não resistindo

A equipe do jornal O Estado entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal da Saúde), que confirmou que diariamente são realizados 100 atendimentos pelas equipes, volume que mensalmente ultrapassa os 3,1 mil socorros, contudo, o número de chamadas por pedidos de ajuda é de 7 mil ligações. Somadas com as cinco viaturas do Corpo de Bombeiros e levando em conta o Censo Demográfico de 2022, que indica que Campo Grande tem 897,93 mil habitantes, é possível entender que cada unidade deve atender a uma média de 56 mil pessoas.

A legislação prevê a existência de um veículo de suporte básico à vida para cada grupo de 100.000 a 150.000 habitantes, e de um veículo de suporte avançado à vida para cada 400.000 a 450.000 por habitante. Mesmo atendendo a essa exigência, o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito, indica que em Campo Grande foram contabilizados, de janeiro a junho deste ano, um montante de 5.337 acidentes, envolvendo 9.864 veículos. O que demostra um número insuficiente de ambulâncias para o atendimento de vítimas.

Fotos: Marcos Maluf

 

Por – Thays Schneider e Michelly Perez

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