Campo Grande tem 30 mulheres aguardando pelo implante Implanon

implanon
Foto: Marcos Maluf

Médicos e enfermeiros de 31 municípios do Estado foram capacitados para realizar a aplicação

Nos dias 17 e 18 de outubro a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ministrou curso para 120 profissionais entre médicos e enfermeiros de 31 municípios de Mato Grosso do Sul. A aula tem objetivo de habilitar profissionais da área da saúde a colocar o implante subdérmico, Implanon.

O Implanon, único produto dessa categoria aprovado no Brasil, é um método de alta eficácia, amplamente estudado e reconhecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Professor de saúde pública da UFMS e idealizador do projeto, Sebastião Junior Duarte, afirma que o curso foi ofertado divido em três turmas de meio período, durante dois dias. “Tem cidades do Mato Grosso do Sul que não têm profissionais habilitados para inserir o Implanon. É necessário ser capacitado para o procedimento, pois há contraindicações.”

Em Campo Grande, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o dispositivo é fornecido pelo Ministério da Saúde, ficando o município na dependência desses itens. Até o momento, não há previsão do Ministério da Saúde para o envio, estando hoje, em Campo Grande, cerca de trinta mulheres aguardando a inserção.

O SUS (Sistema único de Saúde), disponibiliza cerca de três mil Implanon por ano, esse número não atende à demanda do Estado, segundo Sebastião Junior.

O professor explica ainda que o procedimento na rede privada custa de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Para o SUS é necessário seguir algumas regras, como ser mulher portadora de HIV, adolescente com problema mental e moradoras em situação de rua. Ana Paula Cardoso, de 38 anos, trouxe a filha de 13 anos para colocar o método contraceptivo. “Minha filha já começou a vida sexual ativa e infelizmente começou a fazer uso de entorpecentes. Para evitar uma gravidez indesejada trouxe para colocar Implanon. Aproveitar que o método é seguro e gratuito”, disse. A funcionaria pública Juliana Dutra, de 34 anos, também foi até Universidade Federal para colocar anticoncepcional. “Já tenho dois filhos e minhas gestações foram de risco. Não consegui me adaptar com o DIU e não consigo tomar medicamento via oral.”

Por Thays Schneider 

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *