O mês de outubro é reconhecido internacionalmente por uma mobilização muito importante de saúde pública, o Outubro Rosa, e no dia 19 é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama. O movimento tem como objetivo a conscientização sobre a doença, a importância do diagnóstico precoce e informar a população dos diferentes tipos de tratamento.
Durante o mês, várias iniciativas são realizadas, como o uso do laço cor-de-rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação de mais pessoas e empresas. Mas o mais importante é a disseminação de informações corretas a respeito da saúde e dos sinais que o corpo demonstra.
A médica ginecologista e professora do Instituto de Educação Médica (IDOMED) Estella Sontag reforça a importância do autocuidado, principalmente da mulher. “É preciso conhecer o próprio corpo e manter uma rotina de cuidados. Quando se fala em prevenção, é preciso mais do que o autoexame das mamas”, explica.
A docente também revela que o câncer de mama pode acometer tanto mulheres quanto homens e é preciso visitar o médico com regularidade e adotar um estilo de vida mais saudável, que preferencialmente deve envolver toda a família.
“A partir do Outubro Rosa, que tem como foco a prevenção, é possível mudar o olhar para muitos aspectos. Como, por exemplo, ter a atividade física como rotina, além de uma alimentação equilibrada, pensando em ganhos de qualidade de vida. A partir daí, é possível pensar em prevenção para muitos problemas de saúde. A consulta anual de rotina ginecológica também faz parte do cuidado feminino para essa orientação e profilaxia de outras doenças”, comenta Estella.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, a indicação é de que seja realizada a mamografia de forma anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade. A cada ano do triênio 2020-2022, o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no país.
Alterações e sinais suspeitos
*Caroço (nódulo), geralmente fixo, indolor e endurecido;
*Pele com aspecto de casca de laranja;
*Alterações nos mamilos;
*Mama com tons avermelhados;
*Saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
*Pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo das axilas.
O tratamento para o câncer de mama, segundo a professora, varia de acordo com o paciente “Depende do estágio que o câncer se encontra, do tipo de tumor, da idade da paciente, entre outras informações”, elucida. Suporte psicológico O tratamento de câncer é intenso e longo, é preciso apoio da família e, em muitos casos, é necessário o apoio de um psicólogo para ajudar o paciente a entender todo o processo que ele está enfrentando.
“Muitas vezes, ter um momento reservado para conversar com o psicólogo, se abrir, é importante para a mulher entender todas as informações que precisam ser processadas. O profissional de psicologia é indicado e pode ser um parceiro importante nessa luta”, explica Saulo Batista, docente de Psicologia da Estácio.
Por Bruna Marques – Jornal O Estado de MS.
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