Buscando valorização, servidores municipais discutem proposta de reajuste com prefeitura

Município promete
analisar e discutir
propostas, na próxima
sexta-feira (5)./Foto: Valentin Manieri.
Município promete analisar e discutir propostas, na próxima sexta-feira (5)./Foto: Valentin Manieri.

Expectativa dos trabalhadores é de que remuneração aumente no máximo 10%, no pagamento de junho

Durante reunião realizada na manhã de ontem (27), o vereador e presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa apresentou uma proposta para apreciação da prefeita Adriane Lopes (Patriota), que ficou de analisar e encaminhar uma resposta para o sindicato em outra reunião, já marcada para a próxima sexta-feira (5). 

Em tese, a proposta do presidente do sindicato consistiu na reposição da inflação e mais reposição de perdas, entre 1% e 5%. Na prática, o reajuste pode chegar a, aproximadamente 10%, caso a prefeitura concorde em pagar o máximo solicitado. A data-base dos servidores vence em maio e o reajuste, caso ocorra, deve vir no pagamento de junho. Para o vereador Tabosa, a discussão busca nada mais do que a valorização dos servidores municipais, de modo geral.

“A proposta foi apresentada com base nas várias assembleias nas quais discutimos a valorização que estamos buscando e estamos confiantes que vamos entrar em um acordo. Acredito que, no dia 5, a prefeita vai apresentar uma contraproposta que vamos analisar. Provavelmente, até o dia 20 de maio, já teremos um resultado”, explicou. 

Cabe ressaltar que o sindicato já havia marcado uma paralisação para o dia 5 de maio, data em que ocorrerá a próxima reunião, quando o poder Executivo municipal sinalizou que não pagaria o reajuste. Em contrapartida, a Prefeitura de Campo Grande tem recorrido à Justiça contra pedidos de reajuste salarial de servidores, alegando que estão acima do limite prudencial de gasto com pessoal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

 A lei estabelece limite prudência de 51,3% de gasto com pessoal e a prefeitura alega que já está na casa A REE/MS (Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul) passou a contar ontem (27), com mais uma unidade escolar restaurada: a escola estadual Maria Constança Barros Machado, localizada no bairro Amambaí, em Campo Grande.

Responsável pela oferta do ensino em tempo integral desde 2017, a unidade escolar é a única obra projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907- 2012) na Capital de MS. Diferente de outras escolas que passaram por reformas gerais, a EE “MCBM” – como é chamada pelos estudantes – passou por um profundo e delicado processo de restauração, por se tratar de uma obra tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual.

 O tombamento se deu durante a década de 90, em reconhecimento ao arquiteto carioca e aos seus traços tão singulares, considerado por muitos como um dos expoentes da arquitetura moderna. A restauração ocorreu entre 57%, perto dos 60%, que levam, consequentemente, à cassação do mandato. Geralmente, em casos de greve, os juízes avaliam se a categoria teve ao menos a reposição inflacionária, o que é utilizado como parâmetro para avaliar se uma greve é legal ou ilegal.

PROFESSORES

Professores de 163 das 205 escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande aderiram à paralisação nacional na última quarta-feira (26), suspendendo as aulas em 79,5% das unidades de ensino da Capital. 

Os profissionais realizaram o ato em favor do cumprimento da Lei do Piso Salarial, plano de cargo e carreira, segurança nas escolas, concurso público, gestão democrática e revogação do novo ensino médio.

 No mesmo dia, Adriane Lopes recebeu os representantes da ACP em seu gabinete, quando ficou agendada uma reunião para o dia 4 de maio, para dar andamento às tratativas quanto ao pleito dos docentes. Segundo o presidente da ACP, Gilvano Kunzler Bronzoni, a categoria está com boas expectativas, já que a prefeita Adriane Lopes (Patriota) sinalizou o cumprimento da lei. 

“A prefeita mostrou que vai cumprir a lei do piso, mas colocou que tem alguns problemas com os percentuais e as datas”, disse. Na última reunião, a prefeita ficou de enviar uma proposta para a ACP-MS, mas, até o final da tarde de ontem (27), o sindicato não havia recebido. Entretanto, o próximo encontro da categoria com a prefeitura ficou marcado para a próxima quinta-feira (4), às 15 horas no plenarinho da Prefeitura.

Por Tamires Santana  – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *