Brasil confirma primeiro caso de gripe aviária em granja comercial e China suspende importações por 60 dias

O setor avícola brasileiro é um dos maiores do mundo, com produção voltada tanto ao mercado interno quanto à exportação
- Foto: Editora Globo/ divulgação
O setor avícola brasileiro é um dos maiores do mundo, com produção voltada tanto ao mercado interno quanto à exportação - Foto: Editora Globo/ divulgação

Foco foi detectado no Rio Grande do Sul e levou à paralisação temporária das exportações de carne e frango para o maior comprador do produto brasileiro

O Brasil registrou nesta sexta-feira (16) o primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de produção comercial. O foco foi identificado em uma unidade de matrizes de frango no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e levou à suspensão das exportações de carne de aves para a China por 60 dias.

A confirmação foi feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que destacou que a doença não representa risco para o consumo humano. O vírus não é transmitido por carne de frango ou ovos, e os casos de infecção em humanos ocorrem geralmente em pessoas que lidam diretamente com aves doentes.

A suspensão das exportações para a China segue os protocolos sanitários previamente estabelecidos entre os dois países. A China é o principal destino da carne de frango brasileira e respondeu por cerca de 14% das exportações do setor no último ano. 

Ainda de acordo com o ministério, todas as ações de contenção seguem o protocolo do Plano Nacional de Contingência para a Influenza Aviária. A ocorrência também já foi comunicada oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, e aos principais países compradores do produto brasileiro.

Até agora, todos os casos registrados anteriormente no Brasil haviam sido detectados apenas em aves silvestres. A entrada do vírus na cadeia comercial representa um novo desafio, mas o governo reforça que a situação está sob controle e que não há riscos de desabastecimento.

 

Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *