Bolsonaro dá razão a Olavo de Carvalho sobre a era de ameaças

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante entrevista ao jornal O Estado, foi questionado sobre o fato de não ter dado atenção aos ensinamentos do professor, Olavo de Carvalho, que o alertou sobre os possíveis cenários que viria atravessar ao enfrentar o sistema político brasileiro. Olavo de Carvalho, um pouco antes de morrer em 2022, visualizava uma possibilidade real de supressão de liberdades individuais, incluindo a de pensamento e expressão, advertindo o presidente na época, democraticamente eleito.

Ao ser perguntado sobre o fato das inúmeras tentativas de incriminá-lo, tendo inclusive sofrido busca e apreensão de celular após ter deixado a presidência no início de ano e a mais recente o pedido de dados de todos os seguidores de Bolsonaro nas redes sociais, a pedido do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal),  Alexandre de Moraes, que investiga os atos de invasão dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), o ex-presidente afirmou que esperava por represália, porém, não teme ser preso.

“Eu sempre ouvi o Olavo de Carvalho e eu ouvi ele falando isso nessa época, dou razão a ele. Só que não basta você ser presidente da República, você tem que ter gente do teu lado que queira se expor também para você atingir esse objetivo que interessa a todos nós. Você pode ver hoje em dia. Se eu falar certas palavras aqui podemos correr risco de processo até o fechamento do canal. Que democracia é essa que nós vivemos?”, indagou.

Bolsonaro questionou o fato de ser acusado dar armar golpe contra a democracia, ao inflamar os manifestantes após o resultado da eleição do segundo turno, que levou milhares de pessoas a protestar em frente do quartel ou de fazer parte da “minuta do golpe”, um rascunho para um decreto de golpe que supostamente foi apreendido na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. O documento propõe a intervenção do governo federal.

“Quando você vê algumas autoridades aqui em Brasília, né batendo no peito e falar: salvamos o Brasil numa ditadura? Agora, entramos na democracia com o Lula presidindo o Brasil ao lado de Nicolás Maduro (presidente da Venezuela)? Ao lado de Daniel Ortega (presidente da Nicarágua) que prende padres, expulsa freiras, prende opositores políticos? Ao lado de Alberto Fernandes que está enterrando a Argentina aqui do lado, que democracia é essa? Ao lado de um presidente que fala que tem orgulho de ser comunista. Olha, que democracia é essa? Que interesses foram esses que estão sendo defendidos? Por essas pessoas que se gabam agora de ter derrotado no bolsonarismo. Ter derrotado o Jair Bolsonaro nas ruas demonstra que a demonstração de derrota não existe”, afirmou novamente em não acreditar nos resultados das eleições presidenciais de 2022.

“Nós derrotamos o bolsonarismo”

Bolsonaro repreendeu a fala do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Barroso, durante evento na UNE, em Brasília-DF, que disse a milhares de acadêmicos, que “Nós derrotamos o bolsonarismo”. Afirmação levou deputados da oposição e querer impeachment do magistrado.
“A pergunta tem que fazer o seguinte, se você tivesse falado isto no seu Estado, eu ia perguntar você trabalhou em que área? O que faz no seu condomínio e os ciclos de amizade? O ministro não foi às ruas pedir voto ao Lula, que está na cara que votou no Lula, dado no que falou. Ele é uma pessoa que não arrebanha multidões em lugar nenhum, talvez nem no seu próprio condomínio, só tenho uma resposta”, rebateu.

Bolsonaro citou algumas intervenções sofridas no processo eleitoral em que condiz com a fala de Barroso. “Foi no trabalho dele dentro do TSE, afinal de contas, quando ministro criou Comissão de Transparência Eleitoral, que transparência não tinha nada, tudo que a Força Amadas pediam era negado ou simplesmente não era respondido. O TSE, enquanto Barroso saiu, deixou seus amigos, não me deixaram fazer live dentro da minha residência, não permitiu colocar no horário gratuito o Lula defendendo aborto, não permitiu colocar amizade de Lula com Maduro e Ortega, e não permitiu que Lula agradecendo o vírus da Covid-19. Foi uma perseguição implacável. O TSE se comportou como partido político contra a minha pessoa. O que ele falou que derrotou o candidato Jair Bolsonaro nas urnas dele, nas ruas, não fomos derrotados”, criticou.

 

A entrevista com o ex-presidente Jair Bolsonaro estará na íntegra nas plataformas do jornal O Estado. No site https://oestadoonline.com.br/, na página do https://www.facebook.com/OEstadoOnlineMS,  nos perfis do instagram @oestadoonlinems e @oestadoplay e @oestadoplaycortes, no twitter @oestadoms, no tiktok e kwai @oestadoplay e o @estadoplaycortes, no spotfy o Estado Play, e no Koo @oestadoplay

 

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