Bioparque Pantanal tem espécie inédita de lambari

Bioparque
Foto: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul/Bruno Rezende

“Lambari do Bioparque do Pantanal”

Segundo informações do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, uma nova espécie de lambari chamado de   Tetra de cauda vermelha foi descoberta apenas há 2 anos.

Encontrado em  um afluente do Rio Correntes, a espécie foi  reproduzida de forma inédita no Bioparque Pantanal.

O biólogo e curador do Bioparque, Heriberto Gimênes Junior explica essa espécie de lambari tem grande potencial ornamental.

O espaço foi o  primeiro a ser habitado por peixes desde março, quando o espaço foi inaugurado.

Esta  reprodução teve como um dos fatores o stress causado por conta do transporte dos peixes até o local.

“Quando as matrizes estão prontas para reprodução, principalmente esse gênero de lambari, algum stress pode provocar a reprodução, então provavelmente essa transferência provocou esse stress neles e quando chegaram aqui desovaram”, explica Gimênes.”

Bioparque

Foto: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul/Bruno Rezende

A mudança de temperatura e os parâmetros da água também podem ter influenciado a reprodução. Assim de acordo com o biólogo, cerca de 150 filhotes nasceram na remessa.

Por ser uma nova espécie, serão objeto de estudo por especialistas.

As principais características do Tetra de cauda vermelha são o tamanho que varia entre 5 a 13 centímetros e a cor do corpo que varia entre prateado a verde oliváceo. As nadadeiras podem ser encontradas em tonalidades de laranja ou vermelho.

Ciência 

Assim com  a descoberta, Gimênes acredita que a reprodução dentro do aquário contribuirá para preservar a espécie. “Ela veio de um lugar restrito, um rio que sofre muito impacto com relação a cana, a soja e o gado.

Mas a  tendência é que esse rio sofra muito com o desmatamento e provavelmente quando o rio é prejudicado, as espécies que ali estão, também são prejudicadas, pois perdem a proteção e a mata ciliar”, explicou o curador. A degradação do ambiente, a falta de alimento e a qualidade da água também podem prejudicar os animais que vivem no mesmo ambiente.

Com a reprodução dentro do Bioparque, Gimênes  ele explica como será importante para a ciência. “Será possível entender como eles reproduzem, quantos filhotes nascem, qual o ciclo, quanto tempo demora para eclodir o ovo, quanto tempo demora para o filhote chegar na fase adulta.”

Diante disso  pode vir a se tornar uma política de conservação para preservação da espécie”, finalizou o biólogo.

Outras espécies

Outras sete espécies já reproduziram dentro do Bioparque Pantanal, como o Ciclídio africano no tanque do continente africano, Raibowfih no tanque Lagoa australiana, Ciclídio anão no tanque Planície inundação seca, a Joaninha no tanque Terras alagadas, o Lamabari no tanque Baía (parte externa), Severo e Acará no tanque América – Amazônia submersa.

Assim estas reproduções contribuem para o povoamento do Bioparque, que possui 220 espécies de animais pantaneiros e de outras regiões.

Isso tudo tornando-o o maior complexo de água doce do mundo.

Com informações do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Confira também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *