Bioparque Pantanal completa um ano e supera a marca de 330 mil visitantes

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Foto: Divulgação

Gratuito à população, governo o Estado tem um custo mensal de mais de R$ 1 milhão, em manutenção

O Bioparque Pantanal completa hoje (28), seu primeiro ano de funcionamento. A data é um marco consagratório de sonho que virou realidade, após 11 anos de luta, de quando ainda era chamado de “Aquário do Pantanal”. Conforme o governo do Estado, o custo mensal estimado para manter o empreendimento funcionando é de R$ 1,2 milhão e, no período de um ano, mais 300 mil visitantes, entre turistas e conterrâneos, tiveram acesso gratuito ao Bioparque Pantanal. 

Considerado o maior aquário de água doce do mundo, o Bioparque Pantanal foi inaugurado no dia 28 de março de 2022, com 19 mil metros quadrados de área construída, cinco milhões de litros de água, 31 tanques e 358 espécies de animais do Pantanal e de outras regiões. 

Mais que um ponto turístico, o Bioparque agrega projetos de educação ambiental, pesquisa, conservação e inovação. Mais de 330 mil pessoas já visitaram o Bioparque desde a abertura para o público, no dia 2 de maio de 2022. O período que mais recebeu visitantes foi durante as férias de final de ano e feriados. 

Atualmente, o plantel conta com cerca de 40 mil indivíduos. São 355 espécies de peixes, 2 espécies de répteis e 1 espécie de anfíbio. Os animais que mais fazem sucesso é a sucuri Gaby, os axolotes, jacarés, jaú (Maria Fernanda), as arraias Jussara e Jurema e o pintado Adriano, cujos nomes foram escolhidos pela população, por meio das redes sociais oficiais do Bioparque.

Para receber os visitantes locais e de todo o mundo e garantir que tenham uma experiência única, o Bioparque conta com uma equipe de condutores e educadores ambientais treinados e capacitados, bem como o atendimento inclusivo, por meio de tecnologia assistiva com libras, audiodescrição e experiência tátil para cegos. 

Já para garantir o bem-estar dos animais, o Bioparque possui um setor composto por uma equipe técnica especializada de biólogos, veterinários, zootecnistas, engenheiro de aquicultura e químico, para atender todas as necessidades das 316 espécies que habitam as instalações. 

Para fomentar o campo de pesquisa científica ambiental, o Bioparque criou o CCPN Bioparque Pantanal (Centro de Conservação de Peixes Neotropicais), onde são desenvolvidos projetos de pesquisas e cooperação técnico-científicas com instituições nacionais e pesquisadores internacionais, a fim de transformar o Bioparque em referência na reprodução de espécies, em especial as mais sensíveis, raras e ameaçadas. 

Por fim, o governador do Estado, Eduardo Riedel, fez um balanço deste primeiro ano e destacou o desafio de manter a gratuidade aos visitantes e administrar um empreendimento deste porte, que ficou sob gestão do Estado após a desistência do Grupo Cataratas.

“Foi excelente o Estado ter assumido para conhecer profundamente a operação do Bioparque, se não nós faríamos uma concessão, sem conhecer o ponto de vista estrutural de custo. Hoje, a operação é eficiente nessa faixa, de R$ 13 a R$ 14 milhões por ano. Por enquanto, não manteremos nenhum tipo de cobrança para quem visitar o Bioparque e vamos estruturar parceiros privados, para que ajudem o Estado a conduzir e enviar uma proposta, de como a parceria com a iniciativa privada poderá somar”, afirmou o governador.

Concessão

O governo do Estado, que já é titular de 100% da área do Parque das Nações Indígenas, sendo 116 hectares, incluindo o Bioparque Pantanal, estuda realizar, futuramente, um combo de concessão para a iniciativa privada. O objetivo é construir um projeto em conjunto com a sociedade e escolher, posteriormente, uma concessão para administrar os dois espaços públicos.

Segundo o governo, o Parque das Nações Indígenas está na lista de atrativos que são avaliados, em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para concessão, mas que, por enquanto, ainda não há propostas formalizadas, por ser um processo complexo, com muitas vertentes técnica, econômico- -financeira, social e jurídica. 

“Na fase de estudos do projeto não há manifestação de interessados, pois se trata de uma fase interna. Após a conclusão dos estudos, será realizada a consulta pública e a modelagem do projeto ficará disponível a toda sociedade”, apontou o governo. 

Cabe relembrar que, desde a inauguração do Bioparque, em 2022, o governo do Estado assumiu temporariamente a gestão do empreendimento, devido à desistência amigável do contrato de concessão, no modelo de PPP (Parceria Público-Privada) pelo Conselho Administrativo do Grupo Cataratas. O grupo havia assinado o contrato em 2014, visando a operacionalização do então “Aquário do Pantanal”, após sua conclusão

Comemoração  

Para celebrar o primeiro ano de funcionamento do Bioparque Pantanal, acontece, de 28 a 31 de março, a I Jornada de Pesquisa e Tecnologia. A solenidade, que marca a semana de comemorações, aconteceu na manhã de hoje (28), no auditório do Bioparque Pantanal. 

O evento reúne exposições, apresentações artísticas, científicas, educativas e culturais, além da palestra do arquiteto Rodrigo Ohtake, filho do Ruy Ohtake, projetista do empreendimento. A programação também conta com o lançamento do Alfabeto do Clubinho Pantaneiros, voltado para educação ambiental e palestras, com representantes dos maiores e mais renomados aquários do Brasil. 

Além disso, haverá a inauguração de novos espaços voltados à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, dentro do complexo do Bioparque Pantanal, sendo eles o CCPN (Centro de Conservação de Peixes Neotropicais) e o Circuito Sustentável de Aquaponia. 

Por fim, devido às ações comemorativas do aniversário de um ano do Bioparque Pantanal, as visitas, durante o período de 28 a 31 de março, serão exclusivamente por meio de agendamento prévio, pelo site oficial do complexo e destinadas a instituições, com exceção do dia 30 (quinta-feira), que o local receberá o público-geral, mas também por meio de agendamento on-line.

Por Suelen Morales  – Jornal O Estado de MS.

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