Com experiências interativas, pessoas de mais de 120 países se encantam com maior aquário de água doce
Desde a sua inauguração, em março do ano passado, o Bioparque Pantanal recebeu mais de 600 mil visitantes em sua instalação. São pessoas de diferentes partes do Brasil que estiveram na Capital para conhecer e prestigiar o maior complexo de água doce do mundo e que já se consagrou como um dos mais importantes pontos turísticos do Brasil. Ao todo, pessoas de 3.500 municípios e 120 países já passaram pelo aquário. Animais como a famosa sucuri Gaby Amarantos, pintado Adriano, jaú Maria Fernanda e lobinha Delinha são alguns dos destaques do local.
Nos primeiros meses de atividade, em 2022, o local foi visitado por 258.965 cidadãos. Já neste ano, foram 358.606 admiradores, somando assim, 617.571 pessoas. Dentre os principais públicos que compareceram ao espaço, 68.536 foram estudantes de 1.242 escolas. A estudante Ana Leticia Moura confessou que já foi várias vezes e pretende ir mais, no ano que vem. “Eu gosto bastante de ir no bioparque, já fui umas três vezes, enquanto tiver de graça irei mais vezes.”
A mãe do João Miguel, 5 anos, Amanda Guedes, 26 anos, conta sobre sua experiência no lugar e como o passeio foi enriquecedor para ela e o seu filho. Amanda também diz querer voltar, mas dessa vez vai levar os pais, para que eles possam desfrutar das maravilhas que o bioparque tem a oferecer.
“Eu fui com o meu filho. Achei bacana, tem uma diversidade muito grande. É um ponto de entretenimento legal para Capital,que não tem muitos pontos. Acho que é bem lúdico, tem várias coisas para a gente conhecer do nosso próprio Estado, não é só sobre os peixes, mas a gente também aprende sobre os animais terrestres que habitam o Estado. Além de tudo, ainda conta com um parque para crianças. É bem organizado, tem várias divisões, conta também com a explicação nas plaquinhas, falando sobre a espécie, sobre a cor, idade, se é de água doce ou salgada, lugar da onde veio, é bem informativo. Tem vários pontos para relaxar, para ficar curtindo a experiência, então, eu achei bem legal”, relata.
Para visitações, o Bioparque Pantanal realiza agendamentos pelo site. Ana Letícia revela que isso a ajudou a não enfrentar fila e horas de espera.
“Em todos os dias que eu fui estava cheio, mas, como marquei horário antes, não esperei nenhuma vez na fila”, conta. “Acho que falta um pouco de estrutura na parte de fora, porque quando tem fila as pessoas ficam no sol”, opina a estudante.
Os primos José Roberto Vargas, 19 anos, e Eduarda Menacho, 18 anos, são de Cuiabá e vieram visitar a família para as festividades de final de ano. Aproveitando a estadia na cidade, resolveram conhecer o ponto turístico e se encantaram com o que viram.
“Viemos de Cuiabá e resolvemos passear aqui, no Bioparque. Foi uma visita incrível, ficamos encantados com a beleza, receptividade, organização e estrutura. Interagimos com ambientes virtuais, belíssimas espécies nativas e estrangeiras. Com certeza, voltaremos aqui todas as vezes que viermos a Campo Grande”, conta José Roberto.
Lazer e pesquisa
O aquário conta com 49 espécies. O cascudo-viola é considerada a mais importante, por ser ameaçada de extinção. Além disso, o bioparque é pautado em seis pilares que compõem a sua estrutura, sendo: lazer, pesquisa, conservação, inovação, inclusão e educação ambiental. A área de lazer e cultura regional oferece a exposição dos povos originários no Museu, além de apresentação de música e dança. Na parte de pesquisa, o bioparque funciona como um laboratório vivo, com o trabalho voltado para a reprodução de espécies, também análise de água, desenvolvimento de ovos e larvas, e o aprimoramento de protocolos de manejo e bem-estar animal. Existem 330 espécies de peixes neotropicais e o conhecimento científico acerca da biologia, fisiologia e comportamento é insipiente ou limitado, com isso foi criado o CPPN Bioparque Pantanal (Centro de Conservação de Peixes Neotropicais do Bioparque Pantanal), um espaço destinado para a criação de protocolos eficazes para a conservação da diversidade de peixes de água doce, seja considerando linhagens com espécies enquadradas em elevado risco de extinção, potenciais espécies ameaçadas e até mesmo espécies oriundas de diferentes bacias hidrográficas de todo o Brasil.
O bioparque conta com estruturas práticas tecnológicas e inovadoras referentes à acessibilidade, fomentando práticas inovadoras. A tecnologia é utilizada para a estruturação predial, circuito de visitação e para aprimorar a experiência do visitante, por meio de inteligência artificial.
A inclusão também está presente. Com o projeto “Bioparque para Todos – Iguais na Diferença”, o espaço proporciona um ambiente inclusivo e acessível. Profissionais capacitados, tecnologias assistivas e protocolos de atendimento são diferenciais e fazem a diferença para pessoas com deficiência, autistas ou neurodivergentes. Logo na entrada, o balcão de acessibilidade está à disposição do visitante com cadeiras de rodas, material em braile e tablets com audiodescrição.
Agenda de visitas
Para quem quer aproveitar o período de férias para conhecer o complexo de água doce, basta agendar a visita pelo site: https:// bioparquepantanal.ms.gov. br. Para a semana do Ano- -Novo, o funcionamento será da mesma forma. Abriu ontem (26) até sábado (30), fechando nos dias 31 de dezembro (domingo) e 1º de janeiro (segunda-feira). A partir do dia 2 de janeiro, o bioparque estará fechado para manutenção e só estará em funcionamento interno, abrindo as portas ao público novamente no dia 9 de janeiro.
Por – Inez Nazira.
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