Baixo nível reduz em 40% volume de carregamentos de embarcações

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Foto: Marcos Maluf

Informações divulgadas pela ANA (Agência Nacional de Águas) indicam que a maioria dos rios de Mato Grosso do Sul está com o nível de cota de estiagem, no qual se encontra, abaixo da permanência anual de 90%. Contudo, nenhum está em situação de emergência. Atualmente, são 14 estações telemétricas, distribuídas nos rios Cuiabá, Paraguai, Miranda, Aquidauana, Taquari, Pardo, Aporé, Dourados e Piquiri. Esta última tem prevalência no Mato Grosso, com dois pontos no Estado vizinho. 

Na estação de Ladário, o registro foi de 0,38 cm, sua cotação é de estiagem, de acordo com a ANA, esse também é o caso em Porto Murtinho, Porto Esperança, Miranda, Aquidauana, Estrada de MT-738 e Palmeiras, onde o nível se encontra em 146 cm, 36 cm, 134 cm, 196 cm, 112 cm e 149 cm, respectivamente. As estações de São José do Piquiri e Pausada Taiamã, em Mato Grosso, estão na mesma situação, cota de estiagem, que utiliza diariamente o rio para o transporte de produtos, confirma que a situação é preocupante e já modificou o modelo de operação para o envio de cargas. Em entrevista ao jornal O Estado, Vanessa Acosta de Oliveira, auxiliar administrativa da FV Cereais, em Porto Murtinho, revela que por conta do baixo nível do rio, as cargas tiveram de ser reduzidas em 40%, para não impossibilitar o transporte. 

“A régua está baixando muito e por isso estamos indo com um calado baixo, Kamila Alcântara e Inez Nazira Com baixas e adesivos, servidores públicos estaduais aposentados protestam contra o desconto de 14% que vem sendo cobrado pelo sistema previdenciário estadual, na rotatória da entrada do Parque dos Poderes, na avenida Mato Grosso, na manhã de ontem (23). Os protestantes expressam insatisfação com a Ageprev (Agência de Previdência do Mato Grosso do Sul), em postergar a disponibilização de informações sobre o assunto. O aposentado Dionísio Gomes, analista judiciário do Poder Judiciário, serviu por 29 anos na área, é um dos organizadores do protesto. O desejo de Dionísio é de agilidade por parte do órgão público. Ele conta que não quer ver os colegas morrendo antes da promessa ser cumprida. “Não adianta o governador (Eduardo Riedel, do PSDB) retirar esses 14% no final do mandato, porque muitos servidores já estarão mortos. Amigos que não estão podendo estar aqui nesses movimentos, pois são pessoas com doenças graves, incuráveis e que estão passando por necessidades. Queremos que o governador se sensibilize, encaminhe esse projeto ainda Rios Das 14 estações telemétricas em MS, nove estão em cota de estiagem Baixo nível reduz em 40% volume de carregamentos de embarcações para evitar que ela atraque lá embaixo, reduziu uns 40%. A régua do rio está em 1,52 m. Precisamos que melhorem os níveis de chuva, principalmente na região de Corumbá e Ladário”, destacou. 

Por outro lado, Coxim tem 392 cm, Fazenda Buriti 309 cm, Cassilândia 107 cm e Dourados 216 cm, considerado nível normal, entre cota de atenção e permanências anuais de 10 e 90%. A estação de São Francisco está desatualizada, com o último registro em 13 de outubro deste ano, o seu nível era de 554 cm, neste dia. 

Para Ariel Ortiz Gomes, engenheiro ambiental, doutor em recursos hídricos e saneamento e professor da Faeng/ UFMS, a situação já era esperada e só deve melhorar, com o retorno das chuvas para o Estado. 

“É comum esse fenômeno de baixa no nível dos rios nesse período do ano, por causa da estiagem. Os níveis já foram muito baixos no passado, também. A régua de Ladário, que tem maior série histórica de dados dos níveis do rio Paraguai (desde 1900), atingiu o menor valor, que é 0,61 m abaixo do zero da régua, nos dias 15, 16, 19, 20 e 21 de setembro de 1964. As outras estiagens severas que tivermos foram em 1910 e nos anos de 1940”, relembrou. 

Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), os primeiros 15 dias de novembro foram de registros de chuvas abaixo do esperado, em praticamente todo o Estado. Os piores resultados foram consolidados em Sonora, Bonito, Corumbá e no Nhumirim – Nhecolândia, com -100% da média esperada. Nestes locais, a média que deveria ter permanecido entre 111,1 mm e 182,8 mm, variou entre 0 mm e 0,8 mm. 

Por – Inez Nazira

 

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