Babá presa por morte de bebê é liberada após prestar depoimento e pagar fiança

Foto: Roberta Martins
Foto: Roberta Martins

Após ser presa em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), após a morte de um bebê de 1 ano e 11 meses, que se afogou em uma piscina na manhã de quinta-feira (20), no Bairro Indubrasil, em Campo Grande, a cuidadora responsável, de 47 anos, foi liberada após prestar depoimento e pagar fiança de R$ 5 mil.

De acordo com informações da Polícia Civil, a Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEPCA) foi acionada após a criança dar entrada com sinais de afogamento em uma Unidade de Saúde da Família no Núcleo Industrial, por volta das 11h30. Profissionais de saúde tentaram reanimá-la, mas o bebê não resistiu e morreu.

O delegado Roberto Morgado, que colheu os primeiros depoimentos na unidade de saúde e se deslocou até o local do acidente, onde o bebê estava sob os cuidados de uma babá que também cuidava de outras crianças de forma remunerada.

Conforme o registro policial, por volta de 11h30, a cuidadora deixou a criança brincando no quintal, na companhia de outras crianças, e foi até a cozinha para preparar o almoço. Poucos minutos depois, uma das crianças sentiu falta da vítima e a encontrou caída de bruços dentro da piscina, nos fundos do quintal.

A cuidadora foi avisada e, com a ajuda de vizinhos, retirou o bebê da água. Segundo relatos, ele ainda apresentava sinais de vida, mas não resistiu mesmo após os esforços de reanimação na unidade de saúde. Após ouvir os depoimentos e realizar exames periciais no local, o delegado concluiu que a cuidadora foi negligente ao permitir que a criança tivesse acesso à piscina, mesmo sem intenção de causar o acidente.

“A piscina tinha uma lâmina de água de aproximadamente 30 centímetros, o que fez com que a cuidadora pensasse que não representava perigo. No entanto, afogamentos em águas rasas são comuns, o que exige ainda mais atenção e cuidado dos responsáveis”, destacou o delegado Morgado.

Ainda conforme a Polícia Civil, a DEPCA segue investigando o caso para apurar possíveis falhas de segurança e se houve omissão de cuidados. A Polícia Civil também deve ouvir outras testemunhas e familiares nos próximos dias para esclarecer todos os detalhes do acidente.

 

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