Aumento de casos de SRAG e cocirculação de vírus influenza A e Covid-19 no Centro-Sul preocupa autoridades de saúde

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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Regiões Sudeste e Centro-Oeste são destaque, enquanto especialistas alertam para possível aumento simultâneo de gripe e Covid-19 no Centro-Sul

Em uma análise recente divulgada pelo Boletim InfoGripe da Fiocruz, os dados da Semana Epidemiológica 7 (SE), de 11 a 17 de fevereiro, revelam a continuidade do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19. O destaque vai para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde há uma retomada no crescimento semanal das internações pela doença. Além disso, Santa Catarina apresenta um sinal incipiente na mesma direção, enquanto a região Norte mantém a tendência de interrupção.

Surpreendentemente, a atualização também aponta o retorno da presença de casos positivos para o vírus influenza A, causador da gripe. Esses casos estão concentrados, principalmente, nos estados do Centro-Sul, em especial nas regiões Sudeste e Sul, embora ainda sejam significativamente inferiores aos casos de Covid-19.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, destaca a possibilidade de cocirculação dos dois vírus em alguns estados do Centro-Sul. Diante desse cenário, a recomendação permanece a mesma: uso de máscaras de proteção, repouso, isolamento e busca por atendimento médico em caso de sintomas respiratórios ou semelhantes à gripe. Ele enfatiza a importância de manter em dia a vacinação contra a Covid-19 e a gripe.

A análise nacional revela um sinal de crescimento tanto na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) quanto na de curto prazo (últimas três semanas). Nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade de SRAG seguem o padrão usual, impactando mais crianças pequenas e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19 continua afetando principalmente crianças até dois anos e a população acima de 65 anos.

Entre os estados, sete apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, com destaque para Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também registram um leve aumento nos casos de SRAG positivos para influenza A.

Foto: Fiocruz

Quanto às capitais, 11 delas apresentam sinal de crescimento, com destaque para Aracaju, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Natal, Palmas, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Nos últimos quatro semanas epidemiológicas, os resultados positivos para vírus respiratórios foram liderados por Sars-CoV-2/Covid-19 (66,9%), seguido por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) (10,4%), influenza A (7,8%), e influenza B (0,3%). Em relação aos óbitos, a presença dos mesmos vírus entre os positivos foi de Sars-CoV-2/Covid-19 (87,2%), influenza A (4,6%), VSR (0%), e influenza B (0%).

Até o momento, em 2024, foram notificados 8.693 casos de SRAG, com destaque para Sars-CoV-2/Covid-19 (66,4%), VSR (10,6%), influenza A (6,7%), e influenza B (0,4%). Independentemente da presença de febre, já foram registrados 607 óbitos, com predominância de Sars-CoV-2/Covid-19 (88,5%), influenza A (4,9%), VSR (1,2%), e influenza B (0,3%).

Diante desse panorama, as autoridades de saúde reforçam a importância das medidas preventivas e da vacinação para conter o avanço dessas doenças respiratórias.

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