Audiência acaba sem depoimento dos réus pela morte de criança

Fotos: Marcos Maluf
Fotos: Marcos Maluf

Ministério Público solicitou que aparelhos celulares sejam periciados

Na tarde de ontem (26), foi realizada, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, a 3ª audiência do caso que ocasionou a morte de uma menina de 2 anos e 7 meses, no dia 26 de janeiro. Os suspeitos do crime brutal são Stephanie de Jesus, mãe da criança e o padrasto, Christian Campoçano. Os dois estão presos preventivamente, desde o dia 28 de janeiro. Cabe ressaltar que essa audiência é a continuação da que foi realizada na sexta-feira passada e foi interrompida, após um desentendimento entre o juiz Carlos Alberto Garcete e o advogado de Christian, Willer de Almeida.

Na ocasião, foram ouvidas oito testemunhas de defesa, sendo 7 presenciais e uma por videoconferência. Estava previsto que os réus depusessem neste dia, mas o Ministério Público solicitou a perícia dos aparelhos celulares deles, para só depois os réus serem ouvidos.

Essa foi a terceira audiência da fase de instrução e julgamento. Encerrada essa fase, o juiz abrirá prazo para as alegações finais, por parte da acusação e defesa e, só então, o magistrado decidirá se o caso vai a júri popular ou não. Conforme a assessoria de imprensa do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), se for decidido pelo júri, há previsão de que a sessão de julgamento ocorra no segundo semestre desse ano.

Ao final do encontro, a advogada Janice Andrade, que representa o pai da vítima, afirmou que as testemunhas de defesa dos acusados são parentes e amigos, e disseram que tanto a mãe quanto opadrasto são excelentes pessoas. “Uma excelente pessoa não mata e estupra crianças. Não acreditamos que vão apresentar nenhuma verdade contra as provas técnicas”, ressaltou.

Já para o advogado Renato Cavalcanti, que está na defesa de Christian, eles buscam o esclarecimento real dos fatos. “Tudo o que buscamos hoje, ainda que estejamos fazendo a defesa técnica do Christian é o esclarecimento dos fatos e ao final daremos a interpretação técnica para ver a conduta de cada um e como pode ser enquadrada dentro do tipo penal.

O que podemos ressaltar, hoje, é que o material genético encontrado no corpo da criança foi comprovado que não é de nenhuma pessoa do sexo masculino, então, não foi encontrado esperma na criança, mas nos arredores e deram incompatíveis com o material genético de Christian”, explicou.

Renato Cavalcanti, advogado de defesa de Cristian/ Fotos: Marcos Maluf

A assessoria de comunicação do TJMS salientou que não há mais testemunhas para deporem e que a próxima audiência, ainda sem data marcada, deve ouvir única e exclusivamente os réus. “Não há mais testemunhas para serem ouvidas. Agora, o juiz precisa dos laudos periciais solicitados pelo MP para dar continuidade ao julgamento do caso”, explicou.

 

Por Tamires Santana – Jornal O Estado do MS.

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *