Amor que não tem explicação, foi ponta pé para decisão
Por Camila Farias – Jornal O Estado
Diagnosticada com insuficiência renal crônica e necessitando da doação de um rim para continuar vivendo, aos 31 anos, Marisangela Oliveira chegou a perder todas as esperanças enquanto passava pelas intermináveis sessões de hemodiálise que provocaram uma perda de peso severa. Mesmo após uma resposta negativa de uma doadora compatível, ela não desistiu e continuou lutando para conseguir realizar o transplante. Sua história só teve um final feliz quando encontrou na solidariedade da irmã, um rim compatível.
Em um relato emocionado, Mari contou ao O Estado que há tempos ignorava algumas dores e pensava que não era nada grave, até precisar ir ao médico por conta de uma dor no estômago.
“Eles me pediram uma endoscopia e disseram que eu precisava cuidar da minha pressão, pois estava alta, mas como eu fiquei passando muito mal nos dias seguintes, eu acabei nem indo ver isso. Demorei um pouco a voltar ao médico e quando eu voltei com os exames, a médica que me atendeu disse que eu estava apenas com anemia e me pediu para ir ao posto. Ela fez uma carta para o posto me atender e eu fui”, declarou.
No posto de saúde, a pressão de Mari voltou a subir e chegou a atingir 21/13 e novamente ela recebeu um diagnóstico impreciso, de uma suposta síndrome do pânico. Após a mudança de plantão, finalmente um médico a indicou para um cardiologista, que ao ler os exames já adiantou a suspeita de insuficiência renal e a orientou a procurar um nefrologista.
“Nesse mesmo dia, eu disse a minha mãe, vamos comer uma coxinha e uma coca pois eu estou sentindo que é a última vez que eu vou comer essas bobeiras, vem chumbo grosso por aí. Quando eu fui ao médico, perguntei: Eu estou com um cálculo renal? E ele me respondeu: Não, os seus dois rins estão comprometidos. Eu estava com todos os sintomas de uma doença crônica e o médico me disse que o meu único tratamento seria hemodiálise e transplante”, contou Mari.
Com as sessões de hemodiálise, Mari perdeu muito peso e foi ficando debilitada. Todos eles já sabiam da possibilidade do transplante para salvar a vida dela e prontamente a irmã Denisangela Oliveira e a tia Lucimar Rosa se colocaram à disposição para a realização de todos os exames de compatibilidade.
“Foi algo que desestabilizou totalmente a nossa família, porque ela sempre foi uma menina alegre e ativa. A partir de quando ela ficou internada, eu já comecei a questionar os médicos para saber o que poderia ser feito, e foi aí que ele me explicou que a única solução seria o transplante, mas que deveria ser feito por cadáver, mas seria uma coisa que demoraria muito devido a fila de espera e a última possibilidade que seria transplante entre vivos. Aí que despertou em mim, se existe essa possibilidade eu já perguntei para ele: Eu posso? E foi aí que começamos a caminhada e a pesquisar, médicos, hospitais para saber como poderíamos fazer”, desabafou a irmã Denisangela.
Com muito esforço da família na tentativa de custear os tratamentos, começaram as viagens para São Paulo, então veio a notícia que mesmo com 100% de compatibilidade para doar, Denisangela estava com perda de proteína e por isso não poderia ser a doadora.
“Eu não aceitei, eu não desisti em nenhum momento, e nem pensei que não ia dar certo. E eu pensava, vamos continuar tentando, vamos voltar mas não vamos desistir. E quando conhecemos a doutora Rafaela e ela afirmou que daria certo. Eu não pensei em desistir em nenhum momento, nem que poderia dar errado, nada eu só queria tirar ela desse sofrimento”, destacou Denizangela emocionada.
“Meu mundo acabou e eu só sabia pensar que estava condenada, pois os meus amigos de máquina já haviam me alertado que na fila de transplante é demorado. Eu me lembro que nesse dia eu chorava muito e minha irmã olhou dentro do meu olho e disse: Eu não aceito o diagnóstico desse médico, esse rim já é seu. Pode ser impossível para o homem, mas para Deus nada é impossível, e isso me deu mais força ainda”, completou.
Após o retorno de São Paulo, por uma grande coincidência do destino, Mari foi convidada para um almoço beneficente, onde conhecendo um rapaz que trabalhava na Controladoria de Órgãos da Santa Casa e apresentou a doutora Rafaela que fez todo acompanhamento, exames e marcou o transplante de doador vivo entre as irmãs, para o dia 4 de setembro de 2018. Atualmente, fazem quase quatro anos que Marisangela é transplantada e tanto ela quanto a irmã vivem uma vida normal e são muito gratas, tanto a Deus quanto as pessoas que passaram pelo caminho delas durante todo o processo da doença.
“Eu não aceitei, eu não desisti em nenhum momento, e nem pensei que não ia dar certo. E eu pensava, vamos continuar tentando, vamos voltar mas não vamos desistir. E quando conhecemos a doutora Rafaela e ela afirmou que daria certo. Eu não pensei em desistir em nenhum momento, nem que poderia dar errado, nada eu só queria tirar ela desse sofrimento”, destacou Denizangela emocionada.
“Meu mundo acabou e eu só sabia pensar que estava condenada, pois os meus amigos de máquina já haviam me alertado que na fila de transplante é demorado. Eu me lembro que nesse dia eu chorava muito e minha irmã olhou dentro do meu olho e disse: Eu não aceito o diagnóstico desse médico, esse rim já é seu. Pode ser impossível para o homem, mas para Deus nada é impossível, e isso me deu mais força ainda”, completou.
Após o retorno de São Paulo, por uma grande coincidência do destino, Mari foi convidada para um almoço beneficente, onde conhecendo um rapaz que trabalhava na Controladoria de Órgãos da Santa Casa e apresentou a doutora Rafaela que fez todo acompanhamento, exames e marcou o transplante de doador vivo entre as irmãs, para o dia 4 de setembro de 2018. Atualmente, fazem quase quatro anos que Marisangela é transplantada e tanto ela quanto a irmã vivem uma vida normal e são muito gratas, tanto a Deus quanto as pessoas que passaram pelo caminho delas durante todo o processo da doença.
O apoio da família foi fundamental para Mari não perder a esperança
A família abraçou a causa e deu forças não só para ela, mas para seus pais, irmã e sobrinhos que também estavam sofrendo muito com toda a situação. Ela conta que tudo o que precisava, tinha com quem contar e que eles viravam uma força tarefa a cada vez que fosse necessário, seja para vender convites dos almoços beneficentes ou até mesmo precisando ir para a cozinha para prepará-lo.
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