Ex-governador também não descarta se manter firme e ter vice tucano
Com as eleições municipais a serem realizadas em 2024, o assunto já toma conta das notícias locais, rumores e falas vão indicando possíveis candidaturas próprias ou por meio de alianças políticas. Os partidos têm como objetivo principal aumentar a representatividade como forma de se perpetuar no poder. Dentro dessa realidade, “o céu é o limite”. O ex- -governador André Puccinelli começa a pensar em 2026, o que pode significar desistir da majoritária.
Em um passado recente, MDB e PSDB já foram, diversas vezes, aliados e trocaram o poder em algumas ocasiões, ora um no comando de prefeitura e governo, ora outro. Após um afastamento significativo com a vantagem de poder indo para o PSDB, não é impossível restaurar a parceria nas eleições municipais de 2024. Tanto o presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, quanto o pré-candidato do MDB, André Puccinelli, não descartam a formação de alianças.
Em entrevista recente, no município de Camapuã, André Puccinelli falou sobre o assunto e jogou possibilidades no ar, como, por exemplo, a de fechar aliança com o PSDB na Capital, em troca de apoio na eleição de 2026 para o Senado. “O único cargo que eu não disputei foi o Senado. Quando saí do governo, tinha todas as condições de me eleger. Apoiei a Simone, que de Dourados para baixo, não conheciam, o Conesul. Apoiei e ela se elegeu com os pés nas costas. Errei naquela época, tenho que reconhecer, tenho que ter humildade de dizer que errei. Deveria ter continuado e virar senador”, disse o ex-governador André Puccinelli.
Outra possibilidade aventada por ele é o PSDB indicar o seu vice, já que, segundo pesquisas, seu nome lidera as intenções de votos dos eleitores campo-grandenses. “Se o PSDB me apoiar, apresentando vice lá em Campo Grande, começo a estudar. Se não, vamos disputar. Vamos ver se na disputa eu garanto a vaga do Senado. Tudo se estuda”, afirmou.
Astuto e experiente na política, o líder do MDB está jogando possibilidades para ver a reação dos adversários. O que tem de certo nessa equação é que ele será candidato em 2024, garantindo, mesmo se não alcançar sucesso, visibilidade para 2026. Vale destacar que ele deverá disputar vaga com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e também Vander Loubet (PT). Em 2026, serão duas cadeiras destinadas ao Senado Federal por Estado.
Com trajetória semelhante na política, os dois (André e Reinaldo) foram governadores por dois mandatos, prefeitos por dois mandatos, sendo André da Capital e Azambuja de Maracaju. Pucccinelli foi, também, secretário estadual da Saúde, deputado estadual por dois mandatos e deputado federal. Azambuja, por sua vez, foi presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), deputado estadual e deputado federal. Nenhum dos dois esconde a vontade em ser senador por MS.
Por – Daniela Lacerda.
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