Projeto Malharia Social oferece trabalho e capacitação a detentos em Mato Grosso do Sul
O sistema prisional de Mato Grosso do Sul ganhou mais uma frente de ressocialização com a inauguração de uma oficina de corte e costura no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG). O espaço foi aberto na sexta-feira (15) dentro do Programa Malharia Social, que busca capacitar internos, gerar renda e possibilitar a redução de pena por meio do trabalho.
A estrutura instalada no presídio conta com duas salas, sendo uma para corte e outra para costura, além de banheiros, ventiladores e exaustores. O local recebeu nove máquinas de diferentes funções, como reta, interloque, botoneira e caseadeira, além de mesa de corte. O ambiente tem capacidade para até 10 presos atuarem ao mesmo tempo.
Criado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), o Malharia Social está em expansão em Mato Grosso do Sul e já chegou a unidades de São Gabriel do Oeste, Jardim, Caarapó, Penitenciária da Gameleira 2 e Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi. No total, o estado recebeu 24 máquinas de costura e três mesas de corte. As peças produzidas poderão atender tanto ao mercado quanto a instituições sociais e de saúde.
Durante a inauguração, representantes do sistema penitenciário destacaram o impacto do projeto. A chefe da Divisão de Trabalho da Agepen, Elaine Alencar, disse que o espaço abre novas possibilidades. “No Malharia Social, IPCG foi contemplado com uma oficina completa. Dá para produzir desde peças acolchoadas até puffs, couro e outros itens. Também teremos capacitações, como um curso de moda em parceria com a Fundação de Cultura do Estado. É um espaço com muito potencial para transformar vidas”, afirmou.
O diretor do IPCG, Leoney Martins, ressaltou que a oferta de trabalho e estudo contribui para melhorar o ambiente dentro da unidade. “Hoje temos mais de 35% da população carcerária trabalhando em Mato Grosso do Sul, índice superior à média nacional de 19%, e isso nos abre portas para novas parcerias. É prova de que, com boa vontade, se constrói muito”, disse.
O diretor-geral da Polícia Penal, Anderson Moreno, também defendeu a iniciativa. “Estamos dando ocupação produtiva aos internos porque sabemos que, mais cedo ou mais tarde, eles retornarão à sociedade. O trabalho e a educação têm poder de transformar pessoas, e isso reflete na qualidade do que fazemos dentro e fora das unidades”, declarou.
*Com informações da Agência de Notícias de MS
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