Advogados afirmam que ex-presidente tem quadro clínico incompatível com presídio e tentam evitar transferência para a Papuda
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de prisão domiciliar humanitária. O pedido, feito nesta sexta-feira (21), tenta impedir que Bolsonaro seja levado para o presídio da Papuda, em Brasília.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro teve, na última semana, seus embargos de declaração rejeitados pela Primeira Turma do STF. Com o prazo final para novos recursos se encerrando no domingo (23), a execução das penas em regime fechado pode ocorrer nas próximas semanas.
No pedido apresentado ao STF, os advogados afirmam que Bolsonaro enfrenta condições “permanentes” de saúde que exigem acompanhamento médico contínuo. Segundo a defesa, ele apresenta quadro diário de soluço gastroesofágico, falta de ar e faz uso de medicamentos com ação no sistema nervoso central — problemas que, de acordo com eles, estão ligados às sequelas da facada sofrida em 2018.
Os defensores sustentam que a transferência ao presídio poderia trazer “graves consequências” e colocar em risco a vida do ex-presidente, afirmando que o ambiente prisional é incompatível com o estado de saúde relatado. Exames foram anexados ao pedido para embasar o argumento.
Ainda não há prazo para que o ministro Alexandre de Moraes analise e decida sobre a solicitação de prisão domiciliar.
*Com informações da Agência Brasil
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