Após mais de 6 anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de executar o crime, enfrentarão júri popular nesta quarta-feira (30). A dupla, que está detida em unidades fora do estado do Rio de Janeiro, participará da sessão por videoconferência.
O julgamento, esperado para durar mais de um dia, contará com o depoimento de nove testemunhas, além dos réus e dos advogados de defesa.
Entre as testemunhas, sete foram indicadas pelo Ministério Público, incluindo a viúva de Anderson Gomes, a mãe de Marielle Franco e uma assessora que sobreviveu ao ataque. Outras duas testemunhas foram arroladas pela defesa de Lessa.
Ronnie Lessa é acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora, enquanto Élcio Queiroz teria dirigido o carro usado na execução. Ambos estão presos desde 2019.
84 anos de prisão
Nessa terça-feira (29), véspera do início do julgamento, o Ministério Público do Rio de Janeiro confirmou que pretende solicitar ao júri que os dois assassinos da vereadora sejam condenados com a pena máxima prevista para os crimes, que somaria 84 anos de prisão.
“Os dois [Lessa e Queiroz] foram denunciados pelo GAECO/MPRJ por duplo homicídio triplamente qualificados, um homicídio tentado, e pela receptação do [automóvel] Cobalt utilizado no dia do crime, ocorrido em 14 de março de 2018″, sintetizou o órgão em um comunicado.
O julgamento pode ser acompanhado ao vivo pelo canal do YouTube do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e pelos canais do Instituto Marielle Franco.
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