O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou nessa quinta-feira (10) que 24 parlamentares visitem o general da reserva e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, atualmente preso no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
Braga Netto está detido desde 14 de dezembro de 2024, acusado de obstrução de justiça no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele também é réu no processo e cumpre prisão militar em uma unidade subordinada ao Comando Militar do Leste, que ele mesmo chefiou entre 2016 e 2019.
Regras e restrições
A autorização atendeu a um pedido apresentado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e pelo líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), que solicitaram a visita para eles e outros parlamentares alinhados à oposição.
Apesar de conceder o acesso, Moraes impôs regras específicas. As visitas deverão ser individuais e limitadas a três por dia, conforme a agenda e normas internas do batalhão militar. Além disso, dispositivos eletrônicos, como celulares, gravadores e câmeras, serão proibidos durante os encontros.
A permissão inclui nomes de senadores e deputados federais ligados à base bolsonarista e à oposição ao atual governo. São eles:
– Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
– Izalci Lucas (PSDB-DF)
– Plínio Valério (PSDB-AM)
– Rogério Marinho (PL-RN)
– Chico Rodrigues (PSB-RR)
– Marcio Bittar (União Brasil-AC)
– Luis Carlos Heinze (PP-RS)
– Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
– Marcos Rogério (PL-RO)
– Sérgio Moro (União Brasil-PR)
– Eduardo Girão (Novo-CE)
– Laercio Oliveira (PP-SE)
– Nelsinho Trad (PSD-MS)
– Mecias De Jesus (Republicanos-RR)
– Romário Faria (PL-RJ)
– Alan Rick (União Brasil-AC)
– Jorge Kajuru (PSB-GO)
– Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG)
– Styvenson Valentim (Podemos-RN)
– Teresa Cristina (PP-MS)
– Zequinha Marinho (Podemos-PA)
– Dr. Hiran (PP-RR)
– Carlos Portinho (PL-RJ)
– Damares Alves (Republicanos-DF)
A prisão de Braga Netto faz parte da maior operação contra tentativa de golpe de Estado da história recente do país, e ocorre em paralelo às investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados, acusados de elaborar um plano para deslegitimar o resultado das eleições de 2022.
Com a autorização das visitas, a expectativa entre os parlamentares oposicionistas é reforçar a narrativa de que os presos estão sendo vítimas de “perseguição política”. O caso segue sendo acompanhado de perto pelo STF e deve voltar aos holofotes com o avanço do processo e eventual julgamento.
Com informações do SBT News
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